Oferta elevada e nível de consumo estabilizado pressionam para baixo o preço do leite em Santa Catarina. Essa tendência se manifesta desde outubro passado e deve prosseguir até março deste ano. Essas são as constatações do Conselho Paritário Produtor/Indústria do Estado (Conseleite) que projetou uma redução de 1,25% nos valores de referência dessa matéria-prima.
Para o leite-padrão, o preço de referência está previsto em R$ 0,7858 o litro. Já para o leite de qualidade acima do padrão o valor é de R$ 0,9037 e para o leite abaixo do padrão, R$ 0,7144. Esses valores referem-se ao litro posto na propriedade com Funrural incluso.
Na segunda quinzena deste mês de janeiro, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos e a nova projeção mensal. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços levemente superiores. No grande oeste catarinense, por exemplo, as indústrias de lácteos pagam em torno de R$ 0,90 o litro de leite cru. O preço em declínio provocará leve redução do volume em janeiro e fevereiro.
Santa Catarina é o quinto produtor nacional de leite, gerando 2,7 bilhões de litros ao ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que traz renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.
O presidente do Conseleite, Adelar Maximiliano Zimmer, mostra que o leite deixou de ser uma atividade secundária e passou a ser uma das principais geradoras de renda para o produtor catarinense em razão da conjugação de vários fatores que tornaram o Estado um grande produtor nacional. Entre esses fatores situam-se as ações de formação profissional rural do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), vinculado à Faesc, Sescoop e Sebrae.
Fonte: Economia SC