Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa

Foi por meio de escutas telefônicas realizadas pela Polícia Civile pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) que a quadrilha começou a ser desmantelada. Um caminhão com duas toneldas de fungicida sialex foi interceptado na estrada.

Além de ser falso, o produto era transportado sem nota fiscal. O destino era uma loja de Araxá, em Minas Gerais. A quadrilha já estava sendo monitorada e a interceptação do caminhão era o nó que faltava para chegar aos envolvidos.

Um dos laboratórios da quadrilha funcionava em uma chácara localizada na rodovia entre Franca e Cristais Paulistas, há cerca de 400 quilômetros da capital. Lá, a Polícia Civil apreendeu mais de 20 mil embalagens e outros materiais para falsificação.

Risco ao Produtor

A mercadoria era distribuida para estados como Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Crime que tem um impacto brutal no setor. Pelos cálculos do Sindicato nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), os produtos falsos representam entre 9% e 10% do mercado brasileiro. E a curva parece ser de crescimento.

O presidente da entidade, Fernando Henrique Marini, diz que o termômetro para medir o crescimento do mercado ilegal são justamente as apreensões feitas pela polícia, que aumentaram nos últimos anos. Para ele, como aumentou o controle nas fronteiras brasileiras, os criminosos partiram para a falsificação em território nacional. Um negócio que oferece muito risco para os produtores rurais.

“A falsificação é o pior pesadelo que um agricultor pode enfrentar. Se ele comprar um produto falsificado, a eficiência vai ser zero na lavoura, corre o risco até de perder toda a produção. No caso de uma doença como a ferrugem asiática da soja, por exemplo, a perda é total” diz Marini.

Fonte: Canal Rural