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Os resultados do setor lácteo brasileiro devem ser impulsionados pelo avanço das exportações e abertura de novos mercados em 2016, segundo a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). A entidade projeta que o mercado russo deve se consolidar ao longo do período e que há a possibilidade do início de vendas para a China.

“Acreditamos que, em um horizonte de quatro anos, o Brasil passe a exportar o equivalente a 1 bilhão de litros de leite, ou duas a três vezes o que foi embarcado em 2015”, afirmou, em nota, Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos. Para Martins, o ano passado foi marcado pela abertura do mercado externo, e esta será a tendência para 2016.

Em setembro do ano passado, a Rússia habilitou 26 plantas brasileiras de lácteos para exportação. Segundo a associação, o mercado russo está se consolidando, e, já neste primeiro ano, comprou 182 toneladas de manteiga e 248 toneladas de queijo. “Para 2016, temos espaço para pelo menos dobrar essa quantidade”, afirma Martins.

Ainda para 2016, há a expectativa de iniciar os embarques para a China e, ainda de acordo com a Viva Lácteos, o México também poderá ser uma importante oportunidade, dependendo do andamento das negociações tarifárias constantes no Acordo de Complementação Econômica (ACE 53).

De acordo com a associação, para garantir mercado externo e atender às expectativas, o setor necessita investir em tecnologia para a melhoria da qualidade do leite e, consequentemente, da competitividade, “associado à revisão e adequação dos marcos regulatórios do país”.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Viva Lácteos, o Brasil exportou US$ 319 milhões e importou US$ 419 milhões de lácteos em 2015. O principal comprador foi a Venezuela (US$ 238 milhões) e o principal produto, o leite em pó integral (US$ 234 milhões).