A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), órgão oficial para monitoramento de algas tóxicas e análises microbiológicas em moluscos bivalves no Estado, informam que as amostras de moluscos da Baía Sul analisadas pelo Instituto Oceanográfico do Laboratório de Química Orgânica Marinha da Universidade de São Paulo (USP) deram negativas para presença de substâncias Bifenilas Policloradas, chamadas também de PCB. Com o resultado, a Secretaria da Agricultura e da Pesca e a CIDASC avaliam que não há restrições ao consumo de ostras, mariscos, berbigões, peixes e crustáceos na área da Tapera até a Freguesia do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.
Nas nove amostras, cada uma com um quilo, coletadas por técnicos da CIDASC entre os dias 14 a 17 de janeiro não foram detectados a presença de PCBs. Segundo o relatório da USP, elaborado pela doutora Satie Taniguchi, a “hidrodinâmica local pode ter favorecido a dispersão dos PCBs provenientes do vazamento ocorrido. Além disso, os bivalves podem não ter sido atingidos por essa dispersão, uma vez que não apresentam nenhum indício de acumulação desses compostos”.
No relatório é destacado que os “moluscos bivalves têm sido muito utilizados como os melhores organismos para monitorar a bioacumulação de contaminantes-traço, como os PCBs, de ambientes costeiros, sendo utilizados como organismos-sentinela em escala mundial. Como animais sésseis, os mexilhões filtram grandes quantidade de água para se alimentar, sendo expostos, portanto, às substâncias tóxicas solúveis ou associadas a partículas”.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, salientou a importância da agilidade nos resultados dos exames que verificam a presença de PCB nos moluscos para que os maricultores da área interditada possam voltar a produzir. Rodrigues determinou que nesta quarta-feira, dia 30, seja realizada uma reunião extraordinária do Comitê Estadual de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves para analisar o resultado dos exames e o monitoramento constante de toda região.
Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca