Foto: Pedro Mansur Sesterhenn

Os maricultores afetados pelo vazamento de óleo ocorrido na Baía Sul de Florianópolis, no final de 2012, acataram nesta quarta-feira, 13, na sede da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a metodologia técnica e os valores do levantamento de prejuízos realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que embasará o cálculo das indenizações que será pago no dia 20, às 14h, pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), com cheques nominais. O valor levantado nas 27 áreas superou R$ 1,2 milhão.

Inicialmente, o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, reuniu os maricultores e detalhou a metodologia aplicada, ressaltando que o valor foi calculado com base nos preços agrícolas fornecidos pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa) e levando em conta metade da safra anual dos maricultores. Os produtores de berbigão também serão beneficiados, mas somente nesta quinta-feira, 14, às 10h, é que eles receberão a informação do valor total de suas indenizações.

O levantamento foi realizado a partir de declarações de 27 maricultores avaliando os prejuízos na produção e comercialização de ostra e berbigão. Para analisar a viabilidade técnica do que foi declarado, a Epagri realizou visitas para identificar os produtores e estimar a produção de moluscos retida na água da área embargada pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), localizada entre a Tapera e o Ribeirão da Ilha. Os técnicos da Epagri afirmaram que as informações dadas pelos maricultores estão totalmente de acordo com que foi verificado durante as visitas técnicas. “A finalidade nossa foi de realizar um acordo com a Celesc, beneficiando os maricultores. Aqueles que concordaram com os valores e a metodologia vão receber o dinheiro no dia 20 e os contrários poderão recorrer à Justiça”, destacou Rodrigues.

O maricultor Adriano Manoel da Silva foi um dos que acertaram o acordo e destacou que aguarda agora a liberação do embargo pela Fatma. “O valor e a metodologia estão corretos e agora a expectativa é de que em março possamos voltar a trabalhar normalmente.” O advogado Fernando Murilo Costa Garcia, que representa a maioria dos maricultores beneficiados, disse que o acordo é válido para o período que vai até final de fevereiro e que em sua visão foi benéfico para toda categoria.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca