Conhecida como AIE, a Anemia Infecciosa Equina é uma doença causada por um vírus que atinge cavalos, zebras, jumentos e burros. Ela é identificada nos animais por meio de exame realizado em laboratório credenciado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Videira segue monitorando casos da doença na região e promovendo ações que objetivam a orientação dos proprietários de equinos quanto à prevenção da AIE.

Foto: Zuleide Orben

Foto: Zuleide Orben

Segundo o Gestor do Departamento Regional da Cidasc de Videira, Marcelo Grazziotin, a doença não tem cura e é transmitida de animal para animal. “Estamos trabalhando e monitorando para evitar a disseminação dessa doença”, destacou.

A Anemia Infecciosa Equina é uma doença infectocontagiosa viral, cosmopolita dos equídeos. O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, permanecerá nele por toda a vida, mesmo que o animal não manifeste sintomas. É uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda.

Os cavalos infectados podem apresentar febre de 40 a 41, 1° C, hemorragias puntiformes embaixo da língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e hemorragia nasal. A doença afeta também os asininos (jumentos e jumentas) e muares (burros e mulas).

A transmissão pode ocorrer por meio de picada de mutucas e das moscas dos estábulos; materiais contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento.

Para prevenir, a Cidasc orienta que o animal com diagnóstico positivo seja isolado e, posteriormente, sacrificado conforme prevê a legislação, pois é disseminador da doença. Sem tratamento efetivo ou vacina para a doença, o animal infectado torna-se portador permanente da doença, sendo fonte de infecção. “Facilmente identificado em exames, a anemia precisa ser combatida, para não prejudicar outros animais sadios”, explicou Grazziontin.

Prevenção

Devido ao comportamento da doença, a Cidasc orienta aos proprietários de equinos ou àqueles que desejam adquirir um, adotar as seguintes medidas:

– Testar periodicamente os animais da propriedade (60 dias em propriedades comuns e a cada 180 dias em propriedades monitoradas);
– Somente transitar com o animal portando a Guia de Trânsito Animal – GTA e os exames obrigatórios de AIE, Mormo e Influenza Equina;
– Nunca adquirir ou receber no estabelecimento/propriedade animais sem atestado negativo recente de AIE ou que estiveram em eventos sem fiscalização sanitária;
– Não reutilizar materiais contaminantes;
– Não participar de eventos se souber que neste entraram animais sem a devida GTA. Caso isso ocorra, denunciar o fato imediatamente ao Médico Veterinário Responsável Técnico do Evento e caso esse não adotar as medidas cabíveis, denunciar o mesmo à Cidasc por meio do link: www.cidasc.sc.gov.br/denuncie-aqui/

Fonte: Agência de Desenvolvimento Regional de Videira.

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