O Laboratório Regional de Diagnóstico Animal da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, em Joinville, realizou a triagem de amostras de ostras coletadas pelos médicos veterinários da Companhia. Essa ação fez parte da segunda etapa do Estudo Epidemiológico para detecção de enfermidades de notificação obrigatória em ostras (Crassostrea gigas).
Na foto, ostras da espécie C. gigas. Foto: Daniele Cristine Hoffmann Kormann
A primeira etapa do estudo ocorreu em outubro de 2016, onde foram recebidas cerca de 1.728 ostras de 48 propriedades. Já na segunda etapa, realiza em março deste ano, foram recebidas cerca de 1.584 ostras, provenientes de 44 propriedades.
O trabalho do laboratório da Cidasc consistiu no recebimento dos animais, abertura, fixação das estruturas internas em álcool 96%, em seguida, embalagem e acondicionamento das amostras para envio ao Aquacen (Laboratório Oficial de Diagnóstico do Ministério), em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Segundo o médico veterinário da Cidasc Pedro Mansur Sesterhenn, responsável pela Sanidade dos Animais Aquáticos, o estudo leva em consideração o potencial de exportação do estado. Além disso, vai melhorar o direcionamento das políticas públicas para a prevenção, controle e erradicação de enfermidades, que possam impactar a cadeia produtiva de moluscos bivalves do litoral catarinense.
“O resultado obtido servirá como base para a discussão de estratégias de vigilância e, possivelmente, caminhar para a certificação de zona livre, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE”, contou Pedro.
Amostras das ostras antes de serem enviadas pelo Laboratório da Cidasc. Foto: Daniele Cristine Hoffmann Kormann
O médico veterinário explica que, apesar de o estado apresentar maior volume na produção de mexilhões, o estudo será realizado apenas em ostras. “Considerando que, até o momento, há relatos na literatura científica de infecção natural ou experimental apenas para espécies de ostras”, elucidou.
Fontes: Daniele Cristine Hoffmann Kormann e Beatriz Terra Lopes, médicas veterinárias do Laboratório da Cidasc em Joinville. Pedro Mansur Sesterhenn – Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Cidasc.
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