O mofo branco foi uma das doenças que mais contribuiu para a redução da produtividade nas lavouras de soja na safra 2017/2018, atingindo, principalmente, a região Nordeste do Rio Grande do Sul. O fungo é um problema para grande parte dos agricultores já que pode atingir mais de 400 espécies diferentes, incluindo soja, feijão e batata, que são muito cultivadas no Sul do País.

Foto: Daniel Volnei Nogueira Canabarro

A doença é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e pode se manifestar com severidade em áreas acima de 600 metros de altitude, onde a umidade é alta e as temperaturas variam entre 10°C e 21°C.  Carlos R. Dellavalle Filho, consultor técnico e Engenheiro Agrônomo na Deagro, explica essas condições fazem do Rio Grande do Sul um local favorável para a proliferação do fungo. “Existem diversos relatos de perdas de produtividade na região nesse ano de 2018. Isso pode representar um grande prejuízo para o agricultor”, afirma.

De acordo com o agrônomo, muitos sojicultores gaúchos consideram que essa é uma doença nova, mas na verdade, a área de abrangência do mofo branco está aumentando de maneira gradativa ao longo dos quatro últimos anos. Para Filho, temperaturas amenas durante a noite são uma das principais condições que favorecem a proliferação e germinação do patógeno.  “Não podemos esquecer também dos escleródios, os quais já estão no solo dos anos anteriores, o que nos faz pensar como vamos controlar esse fungo”, comenta.

Filho também alerta que não existe um só produto que solucionará o mofo branco e que a doença deve ser controlada com um programa de manejo integrado. “Isso inclui rotação de culturas, boa palhada (barreira física), uso de controle biológico (Trichoderma spp.), controle químico, resistência genética e semente de boa qualidade”, conclui.

Fonte: Agrolink

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