O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento organizou uma força tarefa no Acre para reforçar medidas de prevenção e evitar a dispersão da monilíase do cacaueiro. Provocada pelo fungo Moniliophthora roreri, esta praga já foi registrada em todos os países vizinhos da região amazônica. Colaboradores dos serviços de defesa agropecuária de outros estados foram convidados a colaborar com equipes para as atividades de delimitação e erradicação da praga. O fungo, que afeta apenas as plantas hospedeiras e não atinge seres humanos, pode causar perdas de até 100% na colheita e traria grandes perdas para a produção nacional de de cupuaçu e de cacau.
A primeira equipe da Cidasc a se juntar às equipes locais do Acre, do Mapa e de outros órgãos estaduais, foi formada pelo técnico agrícola Diego Vinícius Gonçalves, de Florianópolis, e o engenheiro agrônomo Clóvis Adriano Paes, do Departamento Regional de Criciúma. Eles partiram de Florianópolis no dia 27 de outubro, atuando na força tarefa por 10 dias. Até o fim de novembro, outros oito funcionários da Cidasc participarão da operação.
Além da fiscalização permanente em portos e aeroportos, o monitoramento foi reforçado com os profissionais visitantes divididos em dois grupos. “São duas equipes, formadas por agrônomos e técnicos: a primeira conversa com a população, explicando sobre a doença e o risco que a contaminação das plantas pode causar, e a segunda equipe vem identificando exemplares atingidos pelo fungo e erradicando estas plantas”, explica Diego Vinícius Gonçalves.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decretou quarentena para monilíase do cacaueiro no Acre no mês de agosto e o trabalho de monitoramento programado pelo Mapa deve se prolongar por um ano. Serão executadas ações de fiscalização do trânsito de plantas hospedeiras, de manejo preventivo da praga em áreas produtivas, de educação fitossanitária, de mapeamento e de eliminação de plantas que apresentem os sintomas da doença.
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