A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do Departamento Regional de Concórdia entregou, no dia 18 de outubro, o certificado de “Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose” ao produtor Alessandro Pelissari Barbosa e sua esposa, Ana Paula Dias Barbosa, moradores da localidade Lajeado Andrade, município de Jaborá. A solenidade de entrega do certificado foi realizada na propriedade da família. O documento foi entregue pela médica veterinária da Unidade Veterinária Local de Jaborá, Angela Cristina Pretto, acompanhada do vice-prefeito de Jaborá, Carlos Luiz Cassiano e do médico veterinário habilitado Ildemar Brayer Pereira (Terrinha).
A propriedade, com 28 bovinos, foi acompanhada pela Cidasc e pelo médico veterinário habilitado Terrinha durante aproximadamente um ano e passou pelo processo de Certificação de Estabelecimentos de Criação Livres de Brucelose e Tuberculose. O certificado isenta o teste de diagnóstico para transportar os animais e participação em eventos agropecuários, enquanto durar sua validade. Durante a solenidade de entrega, Ana Paula Dias Barbosa ressaltou a importância dessa conquista e da história da família que realizou o êxodo urbano. “A gente resolveu vir para o interior em busca de qualidade de vida, né, trabalho tem na cidade e tem no campo, aqui não é diferente, mas o dia a dia, para nós, não tem preço, pelo menos pra mim e pro Alessandro. A gente está se encontrando, em nenhum momento a gente se arrependeu da escolha que a gente fez. Eu nunca tinha pego no teto de uma vaca, ninguém da família tinha propriedade, mas assim, vamos fazer porque eu sou a única que posso dizer não para mim mesma. Então se eu quero, por que não?”, relatou Ana.
Ana ainda comentou que “os amigos chamavam a gente pela frente de corajosos e por trás chamavam de louco, mas enfim, estamos aqui, vai fazer nove meses e já com uma conquista. A certificação sanitária é mais um desses passos para a profissionalização na propriedade, a gente quer estar todo adequado com a sanidade dos animais, a gente sabe que se eles estiverem bem de saúde isto vai ter um retorno. Eu acho que com o nosso pouco conhecimento, e o que estamos buscando, vimos que é importante esta certificação e vamos seguir outros passos também para profissionalizar mais a propriedade. Além da bovinocultura de leite, nós temos um galpão com capacidade para 550 suínos, e já estamos com planos para melhorar, tanto para as vacas quanto para os suínos”, avaliou a produtora .
De acordo com a médica veterinária Angela Cristina Pretto, a atividade de bovinocultura leiteira na propriedade e de criação de suínos, envolve uma história bem peculiar da família Barbosa, que fez o êxodo urbano em busca de mais qualidade de vida. “Aqui temos uma história de luta, determinação e de conquista. A família apostou na mudança de vida e com muita dedicação alcançou o certificado. Vale lembrar que o procedimento é voluntário e voltado para a produção de gado de leite. Neste caso, são aplicadas medidas de saneamento e vigilância sanitária, que garantem a qualidade do leite e seus derivados. Estou feliz em poder entregar o certificado que com toda certeza valorizará ainda mais o rebanho e os produtos oriundos dessa propriedade”, enfatizou Angela.
Após o período de um ano, para manter o status de propriedade livre de brucelose e tuberculose, o produtor deve realizar novos testes supervisionados de diagnóstico, para comprovar que o rebanho continua saudável. Caso exista algum animal positivo, ele deve ser sacrificado e em seguida realizado dois testes consecutivos com o resultado negativo. Se não houver inconformidades, ele renova seu certificado por mais um ano.
O produtor que se interessar em certificar sua propriedade deve procurar o escritório da Cidasc do seu município, acompanhado de um médico veterinário habilitado. Os escritórios da Cidasc possuem a lista dos nomes e contatos dos médicos veterinários habilitados para auxiliar o produtor rural. Ele deve preencher um requerimento e um termo de compromisso. A partir de então, o médico veterinário oficial da companhia faz a vistoria oficial e emite seu parecer para que se inicie ou não o processo de certificação. O prazo mínimo para concessão da certificação é de nove meses.
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