Com o objetivo de proporcionar conhecimentos a jovens que residem em áreas rurais com grande número de atividades agropecuárias na região do planalto norte, como Canoinhas, Bela vista do Toldo, Major Vieira, Irineópolis e Porto União, e viabilizar ações inovadoras na propriedade, promover a sanidade animal e vegetal, e estimular a permanência dos jovens no campo, o Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Canoinhas, participou no dia 17 de novembro, de capacitação técnica em curso de formação de jovens rurais realizada em conjunto com a Epagri.

Extensionistas da Epagri de toda a região foram os instrutores do curso. Eles trataram sobre temas como socialização, linha do tempo da agricultura familiar, planejamento pessoal, empreendedorismo e políticas públicas, além de abordar conteúdos técnicos em bovinocultura de leite, como planejamento da propriedade e manejo de pastagens.

De acordo com a gestora do Departamento Regional de Canoinhas, Maritza Martins Mansani, a capacitação conjunta possibilitou novos conhecimentos sobre atividades já praticadas pelos jovens agricultores e alternativas para diversificar a produção agropecuária e melhorar a renda das famílias. “A participação da Cidasc nestes cursos de formação é de extrema importância, já que são os filhos dos nossos produtores que herdarão tudo o que foi construído pelos seus pais. E o status sanitário de Santa Catarina é um deles. É um patrimônio do nosso Estado e que precisa ser preservado e ampliado”, explica Maritza.

Maritza explica que os conteúdos programáticos dos cursos procuram atender demandas prioritárias das comunidades, apontadas pelos próprios produtores. “Esse trabalho inicial, realizado em conjunto com a Epagri, possibilitou demonstrar como as ações conjuntas da Secretaria de Agricultura do Estado com as suas atribuições complementares de extensão e fiscalização são relevantes e importantes para promover uma agricultura de excelência. A atuação do médico veterinário e do engenheiro agrônomo na defesa sanitária agropecuária foi abordada, e também destacada a importância da participação do produtor rural na notificação das doenças nos rebanhos e produções agrícolas”, esclarece.

Formação rural

Os pequenos produtores é que formam a base da agricultura familiar catarinense, muitos ainda convivem com dificuldades de acesso às tecnologias e informações técnicas necessárias para ampliar sua produção. Essa situação, aliada a outros fatores, leva ao êxodo rural de jovens, filhos de agricultores, que se mudam para a cidade em busca de oportunidades de emprego e melhores condições de vida.

A riqueza e a diversidade da agricultura e da pesca catarinense colocam o estado em posição de destaque no agronegócio brasileiro. Com apenas 1,12% do território nacional, Santa Catarina se consolida como grande produtor de alimentos e prova que as pequenas propriedades podem gerar renda e desenvolvimento.

O estado tem quase 90% das propriedades rurais classificadas como de agricultura familiar e ainda sim é o primeiro produtor nacional de suínos, cebola, maçãs, ostras, mexilhões e pescados. O segundo maior produtor de aves, tabaco e arroz e está entre os maiores produtores de mel, banana, trigo e leite. Com o propósito de levar conhecimento e contribuir com o desenvolvimento de comunidades rurais, o Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Cidasc, Epagri e Ceasa, investe em projetos de formação rural voltados para o público jovem de diversos municípios catarinenses, com foco no empreendedorismo e diversificação da produção, como fator de sustentabilidade da propriedade familiar e de permanência no campo.

O médico veterinário Fernando Roberto Leite Braga, considera que os jovens são o futuro da produção agropecuária e são capazes de renovar o modo de vida e as formas de produção no meio rural catarinense. “Santa Catarina é referência em sanidade animal, somos o primeiro estado brasileiro a ser certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. O conhecimento adquirido aqui é um caminho fértil para a vida no campo e isto favorece os vínculos entre a Cidasc e a Epagri com o produtor e sua propriedade, além de contribuir para a produção segura de alimentos, preservação do status sanitário animal e vegetal, agregação de valor aos produtos artesanais com inspeção sanitária, levando assim segurança alimentar no meio rural e urbano”, destaca e complementou: “Pelo momento que estamos vivendo relacionados à Covid-19, ficou mais fácil levar ao entendimento do produtor sobre o papel da defesa sanitária na vida das pessoas. Muitas de nossas ações são entendidas como penalidades ou meras ações burocráticas, mas elas tem por objetivo proteger o rebanho, através do regramento e limitação do trânsito agropecuário, realização de exames e da quarentena do plantel. Nossa missão é prevenção, é saúde única e proteção do nosso patrimônio agropecuário”, conclui.

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