A produção de mel é fonte de renda para dezesseis mil produtores no Estado. O produto catarinense é reconhecido nacional e internacionalmente por sua qualidade e a Cidasc é parceira desta cadeia produtiva, dando atenção à sanidade das abelhas, cadastrando as colmeias e fazendo a inspeção sanitária do mel e seus derivados, considerados produtos de origem animal.
O resultado do trabalho de produtores, apoiados pelo corpo técnico dos órgãos ligados à Secretaria de Estado da Agricultura, está em exibição na XXI Feira do Mel, inaugurada nesta quarta-feira, 11 de maio, no Largo da Alfândega, em Florianópolis. O evento prossegue até a manhã de sábado, sendo uma realização da Federação das Associações de Apicultores de Santa Catarina (FAASC), Epagri, SEBRAE e Prefeitura de Florianópolis.
O presidente da FAASC, Ivanir Cella, comemora o reconhecimento que diversas instituições tem dado à contribuição da apicultura e da meliponicultura tanto para o meio ambiente quanto para a agricultura. Segundo ele, 83% das plantas nativas da Mata Atlântica, bioma predominante em Santa Catarina, assim como os pomares de produção comercial, dependem dos polinizadores.
Um dos grandes desafios para os apicultores catarinenses era a questão dos agrotóxicos. No ano passado, a Cidasc proibiu a aplicação foliar do Fipronil, produto com maior potencial nocivo para as colmeias, medida pioneira no Brasil. “Foi uma ação muito assertiva e bem articulada, um avanço muito grande em uma questão que preocupava bastante o produtor”, diz Cella.
O presidente da FAASC também elogia a concessão do Selo Arte, que valoriza produtos artesanais que atendam a alguns requisitos, como estar anteriormente inscrito nos serviços de inspeção municipais ou estadual, permitindo sua venda em todo país. “Nós, produtores, vemos um acerto muito grande nas ações da Cidasc nos últimos anos. Não só na questão da sanidade apícola, mas na assistência ao produtor, facilitando e ajudando ele também nas questões do Selo Arte, que facilita a comercialização”, lembra Ivanir Cella.
É a primeira vez desde a pandemia que a feira tem uma edição presencial, mas a Federação das Associações de Apicultores de Santa Catarina (FAASC) decidiu manter também a feira virtual, ampliando o acesso dos consumidores aos produtos. Para os produtores, isto é motivo de alegria.
Amarildo de Souza, do Apiário Rosa de Saron, participou de praticamente todas as edições da Feira do Mel. “A feira virtual foi boa em 2021, mas não vendemos tanto quanto aqui. Nossa expectativa é boa, pois hoje já tivemos um bom movimento de pessoas circulando”, conta o apicultor de Imbituba, que tem mais de 30 anos de experiência na produção de mel. Ele iniciou com oito caixas de abelha e recentemente obteve o registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) que lhe permitirá também exportar parte da produção.
Por ser um produto de origem animal, o mel precisa ter um selo de inspeção. Muitas associações se organizaram para atender às normas sanitárias sem depender de um intermediário para fazer o envase do produto.
Quem visita a feira, encontra produtos inspecionados, seguros para consumo. O mel tem preços tabelados nas bancas, conforme o tipo, que variam de R$ 35 a R$ 45 o quilo. Os visitantes encontrarão ainda uma variedade de produtos de abelhas, como própolis, pólen e cosméticos a base de mel, de dezenove produtores e associações de produtores diferentes.
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