A doença de Huanglongbing (HLB), também conhecida como greening dos citros, pode trazer grandes prejuízos à fruticultura, provocando má formação dos frutos e em alguns casos morte precoce das plantas. Provocada pela bactéria Candidatus liberibacter asiaticus, a doença atinge todas as espécies cítricas (Laranja, Limão, Bergamota entre outras) e tem como vetor o inseto psilídeo-asiático-dos-citros (Diaphorina citri), que dissemina a bactéria entre as plantas.
Santa Catarina era considerada Estado sem ocorrência de HLB, mas no último monitoramento anual realizado pela Cidasc, foram localizadas plantas com suspeita de contaminação no município de Xanxerê, com resultado positivo confirmado por análise laboratorial. O levantamento fitossanitário também encontrou casos em Abelardo Luz e São Lourenço do Oeste. A fonte de introdução mais provável é através da introdução de mudas contaminadas oriundas de estados com ocorrência da praga, obtidas no comércio clandestino, uma vez que o monitoramento do inseto vetor em Santa Catarina, realizado em parceria com a Epagri desde 2016, não detectou populações infectivas para a doença.
Segundo a equipe técnica do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, a doença prejudica o desenvolvimento das plantas e formação dos frutos, mas não afeta a saúde humana.
Como não há tratamento para as árvores infectadas é necessário agir rapidamente para conter a dispersão da praga. Por isso os produtores devem comunicar à Cidasc assim que encontrarem casos suspeitos em suas propriedades.
Entre os sinais de que os citros estão contaminados pelo greening estão:
ramos em que as folhas têm mistura de tons de verde claro e escuro, sem delimitação definida;
folhas com aspecto opaco e nervura central mais grossa;
frutos mal formados, sementes abortadas (falhadas) com albedo (parte branca) mais espesso e com sabor alterado.
Como medidas contra o greening, a Cidasc recomenda:
plantar mudas de qualidade, adquiridas de viveiros e comerciantes regulares e registrados;
nunca comprar mudas de vendedores ambulantes;
inspecionar o pomar com frequência, sendo o ideal realizar seis inspeções por ano, principalmente de fevereiro a agosto, quando os sintomas da HBL são mais visíveis;
monitorar o inseto vetor da doença, com uso de armadilhas amarelas feitas com cartões adesivos, colocados no terço superior da copa das árvores.
O Departamento Estadual de Defesa Vegetal e as equipes da Cidasc nas regionais podem auxiliar o produtor sobre como proceder. A parceria com os produtores é essencial para a manutenção do status sanitário e controle desta e de outras doenças. A companhia emitiu também uma nota técnica sobre o tema que pode ser consultada no link.
Cabe ressaltar que estes casos de greening foram registrados na região Oeste do Estado, distante do principal polo produtor de mudas de citros em Santa Catarina, localizado no Alto Vale do Itajaí. Vale destacar que, desde 2013, a produção de mudas cítricas no Estado é realizada exclusivamente em ambiente protegido, impedindo a entrada do inseto vetor nos viveiros. Portanto, o registro da ocorrência do HLB no oeste do estado não compromete a sanidade e qualidade da produção catarinense de mudas cítricas.
Serviço – Presença do greening dos citros
Em caso de dúvidas sobre a presença do greening dos citros na sua propriedade, os produtores devem entrar em contato com a Cidasc da sua região ou através do telefone WhatsApp (48) 3665 7300.
Confira o aúdio no site da Acaerte com a repórter Patrícia Gomes e Alexandre Mees, Gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc: Acaert – Notícias
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