O início de 2022 trouxe adversidades inesperadas para os colaboradores da Cidasc, com a morte de seu presidente, Plinio de Castro, em 27 de janeiro, vítima de um AVC. Apenas um mês antes, ele havia anunciado os planos para mais um ano de trabalho e lançado editais de licitação, totalizando R$ 30 milhões, o maior investimento que já havia sido feito em defesa agropecuária em Santa Catarina. 

A diretoria deu sequência ao que havia sido projetado, executando projetos de modernização de equipamentos, mobiliário e renovação de frota, com a aquisição de 279 veículos. A troca representa uma redução nos custos de manutenção e garantia da prestação dos serviços à comunidade. Os carros foram entregues em lotes pelo fornecedor durante o ano, sendo encaminhados às regionais para atender aos médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas em suas atividades de campo.

Para o presidente da Cidasc, Junior Kunz, o trabalho realizado em 2022 cumpriu a missão da empresa, de preservar a saúde pública e promover o agronegócio catarinense. “Os investimentos projetados pelo saudoso presidente Plinio de Castro agora frutificam: melhoramos as condições de trabalho das equipes e a qualidade dos serviços prestados à sociedade. Conseguimos uma economia de mais de R$ 4,5 milhões através de licitação para aquisição dos insumos necessários para o funcionamento das nossas 19 regionais e esta otimização nos permite pensar em novos investimentos”, comemora o presidente. 

Outro investimento importante foi a contratação de 43 novos médicos veterinários, que haviam sido aprovados em concurso público realizado há alguns anos, e reposição de outros 15 profissionais do quadro funcional da empresa. “Esta contratação é um reforço necessário, acompanhando o crescimento do agronegócio catarinense. Com mais produção no campo e nas agroindústrias, há maior demanda quanto à sanidade animal, vegetal e inspeção sanitária”, explica Junior Kunz. 

Inspeção sanitária, defesa sanitária animal e defesa vegetal

Na área de inspeção sanitária, a Cidasc superou os indicadores de resultado estabelecidos pelo Governo do Estado. O Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DEINP) ultrapassou a marca de 100 agroindústrias no Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI) e de 60 produtos artesanais com Selo ARTE. Ambos os selos de inspeção permitem que produtos catarinenses como produtos cárneos, lácteos, mel e pescados sejam comercializados em todo o Brasil, abrindo novas oportunidades de negócios para empresas catarinenses. 

Em relação à sanidade animal, temos mais de 2500 propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose em Santa Catarina. Este certificado é concedido após o rebanho ser testado e apresentar dois resultados negativos para estas doenças num período de 6 a 12 meses. Para o produtor, há ganhos na comercialização de animais e um potencial de melhor remuneração pelo litro de leite; para a população catarinense, mais garantias de que os produtos lácteos à sua disposição nos mercados são inócuos – não oferecem risco à saúde. 

Na área vegetal, os hortifrutigranjeiros produzidos em Santa Catarina atingiram o patamar de mais de 90% de conformidade quanto a resíduos de agrotóxicos. Este indicador é obtido pelo Programa de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos, executado pela Cidasc desde 2010 e desde 2020 sob sua coordenação desde 2020. Os exames laboratoriais, feitos por amostragem, identificam se os resíduos estão dentro do limite tolerado e se os produtos aplicados são os autorizados para aquele tipo de cultura, com ganhos na qualidade da alimentação da população. 

Outro avanço foi o incremento de 12,85% na quantidade de produtos vegetais classificados. A Divisão de Classificação Vegetal da Cidasc classificou mais de 258 milhões de toneladas de produtos, de acordo com padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esta é outra atividade que a Cidasc desenvolve que tem reflexos diretos no controle de qualidade dos alimentos à disposição dos consumidores nos pontos de venda.

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