Foto: ASCOM/CIDASC

O consumo interno de bens de capital permanece estável, com leve alta até setembro de 2013. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) afirma que 2013 foi um ano desafiador para o setor: “Recuperamos um pouco da produção no segundo semestre. As razões são os suspeitos de sempre: custo Brasil, taxa de câmbio e a profusão de regimes tributários com viés importador”, disse Carlos Pastoriza, secretário da presidência da entidade.

Ele ressalta, porém, que o agronegócio foi um dos poucos fatores positivos nesse cenário. “Neste ano, alguns segmentos tiveram comportamento bom, e destaco aqueles de implementos agrícolas e o setor de equipamentos para máquinas rodoviárias”, destaca Pastoriza.

“No campo, as commodities têm apresentado preços interessantes, e o agricultor consegue comprar mais”, diz o dirigente. O setor espera aprovar junto ao governo federal o regime “Inovar Máquinas”, de incentivo à agregação de valor de tecnologia a produtos do Brasil, e prepara para maio a 30ª edição da “Feira Internacional da Mecânica”.

De acordo com a Abimaq, de janeiro a setembro de 2013, o consumo de produtos dessa indústria foi de R$ 90,909 bilhões, 7,1% superior ao mesmo período de 2012. Mesmo eliminando o efeito cambial, o resultado permanece positivo com alta de 1,2%. Em setembro as exportações chegaram ao valor de US$ 1 bilhão. Ao longo do ano até setembro, as exportações corresponderam a 32% do faturamento.

Pastoriza exalta as conquistas da entidade neste ano, como a prorrogação da linha PSI do BNDES e a desoneração da folha de pagamento para as indústrias. “Temos nos empenhado para que o Inovar Máquinas saia rapidamente, o que compensaria a falta de isonomia. A Abimaq está concentrada no esforço de reunir dados para o governo federal”, explica o executivo.

Fonte:  Agrolink