O monitoramento dos fungos causadores de doenças previne o aparecimento de agravos com impacto econômico negativo. Assim como Paraná, Santa Catarina vem se prevenindo contra o fungo Perenospora tabaci, que causa o mofo azul.
A doença se prolifera desde 1891, quando foi observada pela primeira vez na Austrália. Ela ataca geralmente, desde a emergência até a colheita da cultura do tabaco. Os sintomas são bem evidentes, quando afeta a cultura apresenta manchas verdes-amareladas, arredondadas na parte superior das folhas, e na parte inferior acumulam-se milhares de esporos e conidióforos formando um enfeltrado azulado. Em plantas severamente afetadas as folhas ficam contorcidas.
Os conídios tem dispersão rápida, pois podem percorrer em média 17,2 km/dia. Ataca as solanáceas em geral, o que causa perdas na produção e na hora da comercialização. Temperaturas baixas e alta umidade são propícias para que o fungo se dissemine, portanto, é de grande importância que os restos culturais sejam destruídos para o fungo não se alojar.
Há diversas barreiras construídas em estados e países, para evitar que novas doenças afetem a produção agrícola e pecuária. Por isso a China está controlando a entrada de tabaco, pois deseja evitar a entrada do fungo Perenospora tabaci que interfere na qualidade e na quantidade de tabaco produzido.
Portanto, para que haja exportação do fumo de Santa Catarina e Paraná os órgãos da Defesa Vegetal se integram junto as empresas fumageiras em fiscalizações nas propriedades rurais. Em Santa Catarina a Federação da Agricultura (Faesc) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (CIDASC), fazem o monitoramento para que não seja detectado o mofo azul no estado.
Com a exportação do tabaco para a China, haverá melhores preços no momento da comercialização, o que aumentará a demanda do produto e como a baixa oferta os agrega mais valor a isso, favorecerá o produtor rural. Produtores integrados com as empresas fumageiras em parceria com a CIDASC e Faesc, trabalham juntos para terem grandes benefícios.
Fonte: Estagiária Cidasc/Canoinhas Ana Paula Dominikowski