Foto: ASCOM/CIDASC

A mastite bovina é a inflamação da glândula mamária e sua intensidade depende da interação com fatores relacionados ao animal e à presença de agentes patogênicos que desencadeia processo inflamatório. Os agentes causadores da mastite na sua maioria são as bactérias, podendo existir ainda fungos, leveduras, vírus e algas.

A mastite é o fator que mais provoca perdas econômicas na cadeia produtiva do leite e para tentar minimizar estas perdas é necessário um controle rigoroso da higiene da mama, boas práticas na ordenha e um eficiente programa de sanidade animal. A prevalência da mastite está relacionada, principalmente, ao manejo antes, durante e após a ordenha. Isso explica a importância da conscientização do ordenhador e dos produtores de leite, quanto aos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretas de higienização e desinfecção do ambiente, do animal, do profissional e de todos os utensílios utilizados na ordenha.

Para tentar manter o rebanho longe da mastite o melhor caminho é a prevenção. Já que a ordenha é o momento mais importante da atividade leiteira, deve ser o primeiro lugar para se instituir um controle da mastite e assim possibilitar a melhoria da qualidade do leite.

Para isto devemos basear o controle da mastite em cuidados básicos de sanidade. Primeiramente a atenção deve estar voltada para o correto manejo de ordenha, que deve ser realizada por ordenhadores treinados em boas praticas de ordenha e com conhecimento mínimo em lactação e funcionamento e manutenção do equipamento bem como no procedimento de ordenha manual e mecânica.

Em seguida, instituir o teste da caneca de fundo escuro diariamente, pois este permite o diagnóstico da mastite clínica e diminui o índice de contaminação do leite.

Após a retirada dos primeiros jatos, efetua-se a lavagem dos tetos com água limpa e secagem em seguida realiza a imersão completa dos tetos numa solução desinfetante com uma concentração menor que na solução utilizada no pós-ordenha (pós-dipping), para redução da contaminação bacteriana (hipoclorito de sódio a 2% ou iodo a 0,3% ou, ainda, clorexidine a 0,3%). Estabelecer uma linha de ordenha, deixando as vacas que apresentaram mastite nos últimos meses por último e iniciando sempre com as vacas sadias e que não apresentaram mastite. E separar do rebanho vacas com mastite clínica.

Com estes cuidados básicos é possível controlar a mastite no rebanho ou pelo menos diminuir a incidência da doença.

Fonte: Tânia Valeska Medeiros – Embrapa Tabuleiros Costeiros