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O aumento da renda da população resultou no retorno de um velho e incomodo conhecido do brasileiro: o dragão da inflação. A política do governo para incentivo ao consumo no mercado interno, baixa oferta de mão de obra no setor de serviços, entre outros aspectos colaboraram para o aumento recente dos preços pagos aos consumidores, de acordo com AF News Análises. A reação do governo diante dos aumentos de preços neste mês de maio foi aumentar aa taxa básica de juros (Selic), na tentativa de diminuir as vantagens de crédito e frear em partes o consumo.

Outra ação promovida pelo governo foi a retirada da cobrança de IOF sobre investimentos estrangeiros no país, algo que juntamente com a alta do juros pode contribuir para uma maior entrada de dólares no país e assim reduzir o câmbio – a atual alta do dólar também contribui para o aumento da inflação nos produtos e serviços que dependem da importação -, bem como a menor competitividade no mercado dos produtos importados, que servem involuntariamente para conter altas dos produtos nacionais.

No foco das altas de preços dos últimos meses tínhamos sempre a contribuição dos alimentos, que dentre os grupos de produtos e serviços delimitados pelo IBGE, é aquele que impacta mais fortemente as diferentes classes sociais da população. No mês de abril a inflação somente dos alimentos e bebidas foi de 0,96%, contribuindo para inflação do mês com 0,24 pontos percentuais de um total ao consumidor naquele mês de 0,55% segundo o IBGE.

O governo tem tido nos últimos meses um auxílio que vem do campo e que promete ser ainda mais efetivo nos próximos meses, o milho. Este grão que serve de base para alimentação de suínos, aves e suplementação de alimentação de bovinos (produção de carne e leite) quando não há pasto; vinha valorizado desde o ano passado por conta da escassez em importantes países produtores como os Estados Unidos, puxando consigo os preços das carnes ao consumidor.

Dados da Secretaria de Agricultura do Paraná (SEAB-PR), maior estado produtor de milho do país, mostram que os preços do milho no atacado de dezembro/12 (mês de preços mais altos) a maio/13 caíram 27%, sendo que somente de março/13 para maio/13 a queda foi de 14%. Isso tem refletido diretamente nos preços das carnes, com a carcaça suína apresentando queda de 20% entre dez/12 a mai/13 e a carne de aves com redução de 11%.

Fonte: Agro Olhar