Nos últimos dez anos, o setor agropecuário obteve avanços significativos no Plano Agrícola e Pecuário. Os números foram apresentados nesta terça-feira, 2 de julho, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.
De acordo com Geller, a produção de grãos cresceu 50% entre 2003 e 2013. “Passamos de 123 milhões de toneladas para 184 milhões. O valor bruto da produção estimado para 2013 é de R$ 450 bilhões”, disse. Já as exportações do agronegócio subiram de US$ 25 bilhões para US$ 100 bilhões no mesmo período. Os financiamentos obtidos pela agricultura empresarial também apresentaram alta. Foram R$ 35,2 bilhões na safra 2003/04 contra R$ 115,5 bilhões na safra 2012/13.
As contratações de crédito agrícola por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) cresceram mais de 16 vezes em dez anos, passando de R$ 650 milhões em 2002/03 para R$ 10,6 bilhões em 2012/13. As taxas de juros do crédito rural, nesses dez anos, caíram de 8,75% para 5,5% ao ano enquanto a Taxa Selic, que reflete os juros da economia como um todo, permaneceu sistematicamente acima desses patamares, entre 21,8% e 8,6% ao ano.
O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14, lançado em junho pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, disponibilizará R$ 136 bilhões para a safra 2013/14, sendo R$ 38,4 bilhões para os programas de investimento e R$ 97,6 bilhões para financiamentos de custeio e comercialização. Só para o Pronamp serão R$ 13,2 bilhões para custeio, comercialização e investimento.
O secretário Neri Geller lembrou ainda que serão investidos R$ 25 bilhões em novos armazéns com juros a 3,5% e prazo de 15 anos. “Além disso temos o Programa Inovagro, que irá impulsionar a produtividade e a competitividade do agronegócio brasileiro por meio da inovação tecnológica. Serão disponibilizados R$ 1 bilhão para que os produtores rurais possam incorporar tecnologias”, explicou.
Fonte: Ascom Secretaria da Agricultura