Foto: Mônica Pohlod

A produção de carnes brasileira e a demanda pelo produto têm crescido em ritmos diferentes nos últimos anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, a produção de carne suína brasileira entre 2009 e 2013 registrou aumento de 11,28%, enquanto o consumo cresceu 14,39%. No caso da carne de frango, a produção foi elevada em 20% no mesmo período, enquanto a demanda aumentou 24%. Com este cenário, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pretende reforçar, em evento especial, a necessidade de aumento da produção, não só de carnes, mas de alimentos para atender à demanda mundial até 2050.

No dia 10 de outubro a entidade lançará o “Desafio 2050: Unidos para alimentar o planeta!” durante a Semana Mundial do Alimento. A ocasião está inserida na programação do V Fórum Inovação, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, que envolve, além da própria FAO, Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Embrapa, Instituto Todos pela Educação, The Natural Conservancy (TNC) e Google. Entre os temas que devem ser discutidos, estarão a inovação no campo, o uso de tecnologia, o papel do Brasil na produção global de alimentos e a produção agrícola associada à preservação.

Tais discussões envolvem diretamente a indústria da carne e sua produção, uma vez que este é um setor que precisa de aprimoramento contínuo de sua produção para atender a demanda popular por carnes de qualidade. Para isto, as cadeias de carnes suína, bovina, de aves, entre outras, precisam aprimorar sua relação junto a outras cadeias do agronegócio. Desta forma, em conjunto, os desafios da produção de alimentos serão superados.

Dados da FAO
As expectativas para a demanda por alimentos no futuro têm sido apresentadas e colocadas em discussão pela própria FAO  desde 2009, quando a agência da ONU divulgou um relatório projetando que a produção deveria crescer até 70% para alimentar a população em 2050, projetada em 9,3 bilhões de pessoas.

Na avaliação da FAO, 90% do aumento de produção devem vir de investimentos em produtividade, com uso mais eficiente da terra. No entanto, não está descartada a necessidade de aumentar em pelo menos 120 milhões de hectares as áreas agricultáveis, especialmente na África e na América Latina.

Sobre o Brasil, a avaliação é de que existe um grande potencial de elevação da produtividade agrícola, podendo levar o país a um papel de protagonismo no desafio de alimentar a população mundial.

Atualmente, um bilhão de pessoas passa fome, de acordo com estimativas da FAO. Em 2050, o número deve cair para 350 milhões de pessoas, o que equivaleria a 5% da população mundial projetada para daqui a 37 anos.

De acordo com Eduardo Daher, diretor executivo da Andef, é inegável a correlação do sucesso alcançado no combate à fome com os consecutivos recordes de produção de alimentos que o agro nacional vem apresentando. “Não podemos negar que tal conquista só foi possível com os constantes investimentos em tecnologia e inovação na produção rural”, aponta. “Mas, precisamos acabar com os gargalos que ainda emperram o desenvolvimento da atividade rural brasileira para que sigamos neste caminho de sucesso e consigamos, em alguns anos, levar alimentos para todas as famílias do Brasil e do mundo”.

Neste contexto, a FAO justifica a importância do “Desafio 2050: Unidos para alimentar o planeta!”. Com informações da Assessoria da Andef e FAO.

Serviço

V Fórum Integração – Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP)
Data: 10/10/2013
Realização: FAO, Andef, Abag
Apoio: ABIA, ITAL, OCB, ARES e CIB
http://www.forumagriculturaealimentos.org.br/

Fonte: Redação Avicultura Industrial e Suinocultura Industrial