Foto: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca

O reconhecimento da qualidade da defesa sanitária animal catarinense, em especial da febre aftosa, obteve destaque na 41ª reunião da Comissão Sulamericana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) que encerra nesta sexta-feira, dia 11, em Lima, no Peru.

A Secretaria da Agricultura e da Pesca, único estado livre da febre aftosa sem vacinação desde 2007, participa do evento. Além de ser valorizado nas apresentações dos países, o Estado de Santa Catarina obteve especial destaque por possuir a maior densidade de unidades veterinárias locais entre os demais estados e países da América do Sul, constituindo-se numa referência às demais representações no evento.

Há vinte e sete meses não existe foco de febre aftosa na América do Sul e o Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa prevê para o ano de 2.020 sua erradicação.

Segundo o diretor de qualidade e defesa agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura da Pesca, Roni Barbosa, participam do evento representantes oficiais e do setor privado de doze países: Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e o Panamá, da América Central, além de organismos internacionais do setor. Do Brasil, participam representantes de oito estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,

A situação sanitária dos programas nacionais de erradicação da febre aftosa foram avaliados, resultando na priorização de desafios para a superação dos entraves da atual e última fase de erradicação da enfermidade na América do Sul. Os demais países da América Central e América do Norte já possuem o estatus de livres de febre aftosa.

Foto: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca

Os principais desafios estão relacionados à necessidade de consolidar o estatus de livre de febre aftosa; aumentar a sensibilidade de mecanismos de vigilância; buscar ativamente descartar a presença de eventuais resíduos da infecção; realizar estudos de riscos para alcançar o estatus de livre de febre aftosa sem vacinação e; fortalecer os sistemas de prevenção, controle e erradicação da febre aftosa.

A eliminação da enfermidade representa maior segurança alimentar, pelo aumento da disponibilidade de alimentos para as populações, especialmente a carne e o leite, constituindo-se num bem público, competindo aos países protegê-lo. Da mesma forma, novas oportunidades são criadas no comércio internacional de alimentos de origem animal, com retorno de receitas financeiras de significativa importância aos países exportadores.

Em maio durante a Reunião Anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em Paris, deverá ser consolidado o novo estatus sanitário dos países da América do Sul quanto a febre aftosa, destacando-se que 92% dos bovinos e bubalinos se encontram em zonas livres de febre aftosa com vacinação e 4% em zonas livres de febre aftosa sem vacinação, enquanto apenas 4% em zonas não livres da enfermidade.

Na América do Sul atualmente são livres de febre aftosa sem vacinação o Chile, a Venezuela, a Guiana Francesa e o Peru. O Estado de Santa Catarina juntamente com uma área localizada no sul da Argentina e outra situada no norte da Colômbia constituem as zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

A condição de livre de febre aftosa sem vacinação possibilita o acesso aos principais mercados internacionais de produtos de origem animal, a exemplo das exportações de carne suína catarinense para o Japão e China, entre outros.

Nas fotos, o diretor Roni Barbosa, ao lado do selo e de campanha de estado livre de febre aftosa sem vacinação.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca