O preço da carne suína catarinense é o maior em 20 anos. A queda na oferta mundial do produto e a alta procura do mercado brasileiro estão impulsionando a escalada nos preços, que está só começando. Para este ano, a previsão é que o valor da carne aumente ainda mais.
O cenário global não poderia estar melhor para a indústria catarinense de carne suína. Além de vender a bom preço (no mercado interno e externo), os empresários do Estado estão exportando mais. No primeiro semestre de 2014, Santa Catarina exportou U$$ 293 milhões, 41,43% a mais do que no mesmo período de 2013.
O motivo para o sucesso da indústria nacional é a desgraça da produção estrangeira. O vírus da diarreia epidêmica suína, uma doença altamente contagiosa que atinge somente os animais, prejudicou alguns dos maiores países exportadores.
Só nos Estados Unidos a produção caiu 25%. O resultado é falta de carne suína no mundo e disparada dos preços. A má notícia é para o consumidor brasileiro, que também pagará mais caro pela carne.
– Com a alta demanda por proteína animal no mundo e diante das excelentes condições sanitárias da produção de carne suína no Estado, Santa Catarina se tornou a grande opção para as exportações – resume Enori Barbieri, presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC).
No Brasil, a perspectiva para as cotações da carne suína é positiva, informa o banco de alimentos Rabobank, refletindo consumo doméstico robusto (puxado pela Copa do Mundo e período de inverno) e pelo alto preço de carnes concorrentes. O banco estima que os números para a produção a exportação do país em 2014 vão ser semelhantes aos de 2013, sugerindo uma recuperação após o fraco desempenho no primeiro semestre.
Fonte: Diário Catarinense – Janaina Cavalli