Foto: ASCOM/CIDASC

Foto: ASCOM/CIDASC

Os suinocultores do extremo oeste de Santa Catarina estarão reunidos na manhã deste sábado (9) em Itapiranga para o XV Seminário Regional de Suinocultura. O evento, promovido pela Associação dos Suinocultores do município, inicia às 8h30 no Complexo October Itapiranga. O Seminário irá tratar de temas atuais relativos à suinocultura catarinense e terá como palestrantes o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, e o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

O secretário da Agricultura, Airton Spies, irá falar sobre as políticas de defesa sanitária adotadas pelo Governo do Estado, por meio do trabalho da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), para garantir a segurança dos rebanhos contra as várias doenças que afetam a produção de suínos. Segundo Spies, a manutenção da sanidade dos rebanhos catarinenses se deve ainda a parceria entre os setores público e privado nas ações de defesa sanitária.

Santa Catarina se destaca pela qualidade dos serviços de defesa a ponto de sermos o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal, o que nos dá acesso a mercados que remuneram melhor pela carne suína, como é o caso do Japão, ressalta.

Outro assunto abordado por Airton Spies será a busca de certificação como área livre de peste suína clássica junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que deverá abrir novos mercados para a carne suína catarinense. A intenção de Santa Catarina é conquistar o reconhecimento internacional na Assembleia da OIE, em maio de 2015.

Esse status irá assegurar os mercados que nós já temos e abrirá novas frentes de comercialização para a carne suína catarinense, já que esse critério de certificação pode ser utilizado como segregação de mercado pelos países que importam carne suína.  Rio Grande do Sul e Paraná também se preparam para obter a certificação internacional.

Uma das preocupações da Secretaria da Agricultura está em evitar a entrada da diarreia epidêmica suína no estado. A doença viral, que circula nos Estados Unidos, Canadá, México e, mais recentemente, na Colômbia, não é encontrada no Brasil. A diarreia epidêmica suína vem trazendo grandes prejuízos para os países onde existe a doença, as autoridades brasileiras devem ter muito cuidado para evitar que ela chegue ao nosso país, destaca Spies.

A suinocultura catarinense vive um bom momento em termos de mercado e produção, com preços razoáveis para a carne suína e suíno vivo combinados com custos de milho e farelo de soja em patamares normais. O secretário da Agricultura afirma que o setor está se recuperando de prejuízos e crises anteriores e tendo a oportunidade de investir em melhorias na própria estrutura produtiva para enfrentar os novos desafios.

Esse bom momento é influenciado também pelo aumento progressivo das exportações para o mercado japonês. Embora os volumes exportados ainda sejam pequenos, os contratos firmados para o envio de carnes até o final do ano já mostram sinais de que realmente o mercado japonês é muito promissor para carne suína de Santa Catarina. Spies cita ainda que hoje existem indústrias que não conseguem atender todos os pedidos vindos do Japão, por dificuldades na contratação de mão de obra no mesmo ritmo que a demanda.

Esse problema pode ser resolvido com treinamento e adaptação das salas de corte, fazendo com que nós possamos enviar mais carne suína para o Japão, principalmente carne com grande valor agregado e com cortes valorizados, conclui.

Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína, conta com 12 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes e produz anualmente cerca de 820 mil toneladas de carne suína, o que representa um abate de nove milhões de cabeças, além da comercialização de 1,5 milhão de suínos para abate em outros estados. As exportações de carne suína catarinense mantém um nível de 150 mil toneladas anuais, sendo o restante da produção consumida nos demais estados.

Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca