As Secretarias de Estado da Agricultura e da Defesa Civil irão trabalhar em conjunto para minimizar os efeitos da estiagem e na prevenção de granizo. A intenção é unir esforços para beneficiar os agricultores catarinenses de forma mais eficiente. Os secretários Moacir Sopelsa e Milton Hobus se reuniram nesta terça-feira (31) para tratar de possível parceria no sistema antigranizo, no Plano Diretor da Estiagem e no fornecimento de kits de transposição de pontes.
Para reduzir a incidência de granizo na região do vale do Rio do Peixe, as duas Secretarias pretendem se unir para custear os equipamentos do sistema antigranizo. O sistema é formado por queimadores que lançam nas nuvens um composto químico com a capacidade de dissolver o granizo, diminuindo em até 70% a incidência do fenômeno, reduzindo o estrago causado nas superfícies atingidas. O gerador monitora as nuvens e lança os gases quando identifica a possibilidade de granizo.
Serão realizadas reuniões com os municípios das regiões de Caçador e Videira para definir a melhor forma de executar o projeto. Os custos de manutenção do sistema são de R$ 1 milhão por ano. O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, destaca a importância do programa para proteger o agricultor. “Nós vamos buscar uma parceria para levar esse programa adiante e quem sabe até estender para outras regiões do estado. Quando você protege a produção do granizo, você dá mais segurança ao agricultor”.
Sobre o Plano Diretor da Estiagem, as Secretarias de Defesa Civil e da Agricultura definirão em conjunto a metodologia de trabalho das oficinas que acontecerão nos municípios. A região do Meio-Oeste ao Extremo-Oeste será a primeira contemplada com o Plano devido à importância do agronegócio.
O Plano já conta com um diagnóstico das principais variáveis dos processos de estiagem no Oeste e realizará um aprofundamento na análise documental e trabalho de campo. Já o terceiro e último estágio do trabalho consiste em propor um modelo sistêmico, complexo, de gestão dos recursos hídricos da Região. Segundo Sopelsa, o Plano Diretor irá orientar os investimentos do Estado para minimizar os efeitos da estiagem, fazendo com que os recursos e projetos sejam mais planejados e tenham resultados mais eficazes.
O Plano Diretor da Estiagem desenvolvido pela Defesa Civil de Santa Catarina contempla 118 municípios do Grande Oeste Catarinense. De acordo com os primeiros levantamentos, o que contribui para o cenário de estiagem prolongada nesses municípios é o uso inadequado dos recursos naturais. O comparativo foi feito, através de informações da década de 1970.
Segundo a Defesa Civil, entre 1991 e 2012, foram registradas 1.518 ocorrências de estiagem e ou seca no estado. A grande maioria aconteceu no Oeste Catarinense, com 1.170 casos. Os municípios que tiveram maior volume de acontecimentos foram Coronel Freitas, 18 fatos, Itapiranga e Jaborá com 17 cada um.
Outro tema tratado na reunião entre os secretários foi o kit de transposição de pontes oferecido pela Defesa Civil em caso de desastres climáticos. A parceria com a Secretaria da Agricultura possibilitaria que esse kit fosse utilizado em casos de pontes em situação precária no interior do estado, agindo como prevenção. Uma nova reunião foi agendada para definir custos e de que forma a união de esforços entre as Secretarias pode acontecer.
Ana Ceron
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