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Em 2015, os preços do boi gordo no Brasil atingiram valores recordes. E, segundo analistas, voltarão a subir até o fim do ano, aproximando-se novamente da máxima histórica registrada em abril.   Um dos motivos apontados para a alta nos preços é, conforme especialistas, a menor oferta de animais nesta época do ano em função do período seco no Brasil central.  
As altas nas cotações, no entanto, deverão ser limitadas pela desaceleração do consumo de carne bovina no mercado doméstico. 
O preço da arroba do boi gordo no mercado paulista, referência para o mercado nacional, atingiu um recorde histórico de R$ 150,65 em meados de abril, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa. 
Desde então, conforme apuração da agência Reuters, os preços recuaram, acumulando queda de quase 8% ante máxima do ano, pressionados pelo menor consumo dos brasileiros e por uma oferta relativamente mais folgada de animais, após meses recentes de chuvas que ajudaram na manutenção dos pastos. A arroba atingiu R$ 139,03 em 12 de agosto, menor valor do ano. 
Com as pastagens –onde a maior parte do gado brasileiro é criada– exauridas pelo período sem chuvas do inverno, os pecuaristas estão finalizando o ciclo de oferta de animais aos frigoríficos. A partir de agora, a disponibilidade deve ser cada vez menor. 
Projeção para os próximos meses –  
alta nos preços do boi nos próximos meses deverá ser limitada por um menor consumo de carne bovina no mercado interno, em um momento de inflação em alta e crescimento do desemprego. 
“A alta dos preços vai ser modulada pelo consumo. O cenário de consumo é bastante ruim”, destacou o analista Alex Santos Lopes, da Scot Consultoria. 
O consumo médio de carne bovina no Brasil deverá cair para 36,5 kg por habitante em 2015, ante 41,5 kg em 2014, segundo projeção da Agrifatto. 

Fonte: AF News Agrícola