Em valores, houve reversão na balança de lácteos: enquanto em setembro houve um saldo positivo de US$7,4 milhões, em outubro houve um déficit de US$12,6 milhões. A Tabela 1 abaixo traz os valores e volumes de importação por categoria de produto.
Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral, com cerca de 5.200 toneladas exportadas a um preço médio de US$5.434/ton, com grande parte do volume destinado ao mercado venezuelano.
No entanto, também houve um crescimento expressivo nas importações de leite em pó em outubro: na soma dos volumes importados de leite em pó integral e desnatado, o crescimento foi de 75,9%, saindo de cerca de 7 mil toneladas em setembro para, aproximadamente, 13.470 toneladas em outubro, mesmo com a alta do dólar.
As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (63,9%), seguido por Argentina (36,1%). Desde julho deste ano, Uruguai e Argentina tem mantido praticamente as mesmas participações nas importações brasileiras de leite em pó.
Nesse mês, a importação de queijos voltou a subir, saindo de 1.500 toneladas importadas em setembro para 1.900 importadas em outubro, um aumento de 26,9%.
Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 142,4 milhões de litros em outubro, alta de 65,2% em relação a setembro. Por outro lado, as exportações em equivalente-leite tiveram baixa de 12%, totalizando 57,9 milhões de litros.
De janeiro a outubro deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 480,7 milhões de litros, mais do que o triplo do déficit apresentado ao longo do ano inteiro de 2014, que foi de 159 milhões de litros. O gráfico 2 a seguir apresenta este cenário, mostrando o histórico mensal do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015.
Fonte: Milk Point