Entre os dias 19 e 22 de julho, 40 bananicultores do sul catarinense certificados por meio do Programa SC Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc viajaram por outras regiões de Santa Catarina e pelo estado de São Paulo.

Foto: Lúcia Cimolin

Foto: Lúcia Cimolin

A viagem a São Paulo objetivou a visita à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – CEAGESP em busca de novas experiências e de um maior conhecimento sobre a pesquisa e extensão entre os estados, bem como a dinâmica de funcionamento do maior entreposto de frutas, verduras e legumes da América do Sul.

Foto: Lúcia Cimolin

Foto: Lúcia Cimolin

Essa ação fez parte da qualificação dos bananicultores de seis associações e uma cooperativa que desde 2012, por meio de subvenção do Programa SC Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, estão produzindo bananas com certificação fitossanitária nas regiões Carbonífera e do Vale do Araranguá. A sequência das visitas e temas tratados foi organizada pelo classificador da Cidasc, o engenheiro agrônomo João Natalino Martins.
Cinco engenheiros agrônomo responsáveis pela certificação acompanharam os agricultores, sendo três representando a Cidasc e dois representando a Epagri.
A fruta com certificação fitossanitária atende a uma série de requisitos na produção, conta com assistência de um engenheiro agrônomo e fiscalização da Cidasc, bem como na pós colheita, sendo processada em casas de embalagem. Essa condição possibilita e garante melhor qualidade e o acesso a mercados de outros estados e países.
Em Santa Catarina, os bananicultores visitaram a Associação dos Bananicultores de Corupá – ASBANCO, onde foram apresentados aos trabalhos desenvolvidos pela associação junto aos seus afiliados. A visita proporcionou um momento para tratar da compra coletiva de insumos, fator que tem propiciado economia aos bananicultores.
Também no município de Corupá, foi visitada a Cooper Rio Novo. A cooperativa é composta por 27 famílias de pequenos produtores que, por meio de um sistema de controle de volume da fruta produzida e colhida entre os membros, classificação e embalagem coletivas em packing house, atendem a um mercado exigente de forma contínua e com preços diferenciados.
Em São Paulo, no município de Sete Barras, foram visitadas duas propriedades que fazem o monitoramento e o controle da Sigatoka Negra, doença que atinge a cultura da banana e está presente no Brasil, também em Santa Catarina, e que no estado catarinense é prevenida e controlada por meio de ações de Defesa Agropecuária da Cidasc.
Os agricultores tiveram a oportunidade de verificar na prática sintomas visíveis da doença, além de conhecerem o monitoramento, as variedades de banana cultivadas, os tratos culturais necessários e os custos decorrentes do controle e convivência com essa praga. As visitas foram organizadas e orientadas pelos engenheiros agrônomos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios.
Na fazenda da Agência, no município de Pariquera-Açú, foram vistos experimentos de manejo das doenças das bananeiras e variedades mais tolerantes às diversas pragas que atingem a cultura.
Visitaram, ainda, a Empresa BANAER, de pulverização aérea coletiva. Os bananicultores puderam verificar a estrutura composta por uma sede, pistas de pouso e decolagem, angar e equipe técnica. Mediante o monitoramento das doenças, os visitantes viram que as pulverizações com os produtos recomendados para o controle são realizadas em dias e horários adequados.
Já na capital paulista, os agricultores tiveram a oportunidade de passar um dia visitando e conhecendo como funciona a maior central de hortifrutigranjeiros do Brasil, a CEAGESP.
Os entrepostos da CEAGESP funcionam como canais de distribuição da produção de frutas, legumes, verduras, flores, plantas e pescados, no atacado e no varejo para todo o Brasil. São 700 mil metros quadrados de área com as mais diversas estruturas, estacionamento, silos de armazenagem, restaurantes, lojas e outros equipamentos, com um fluxo de 50 mil pessoas diariamente, movimentando anualmente 4,2 milhões de toneladas.
Foram visitados os boxes de todos os produtos de interesse dos agricultores catarinenses, que puderam verificar a qualidade dos produtos oferecidos, a procedência, os preços praticados, a forma de inserção neste mercado e as diversas embalagens utilizadas para acondicionar frutas e legumes, principalmente a banana.
De acordo com o bananicultor João Adício Dagostin, da Associação Vitabanana de Siderópolis e Região Carbonífera, “A viagem de estudos foi muito importante e organizada, pudemos ver como a bananicultura é importante para nosso Estado, com produção em pequenas propriedades e a realidade no estado de São Paulo, onde existem grandes fazendas e também pequenos produtores. Chamou a atenção a organização das associações e cooperativas visitadas onde a harmonia e interesses coletivos superaram tantos desafios tanto na produção quanto na comercialização. Agradecemos à Cidasc pelo acompanhamento na Certificação e também à Epagri no nosso dia a dia. Esperamos que o Programa Santa Catarina Rural continue a nos propiciar condições de chegarmos mais longe, que ele continue”.

Fonte: Lúcia Cimolinc – Engenheira Agrônoma responsável Programa SC Rural no Departamento Regional da Cidasc de Criciúma.

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