O composto orgânico é um produto obtido da compostagem de resíduos vegetais e animais, pelo processo de decomposição aeróbica, que promove a degradação dos resíduos orgânicos em húmus, quando empregadas as técnicas de manejo, adequadamente, gerando um insumo de elevada qualidade. A decomposição aeróbica, por sua vez, nada mais é que um processo de inumação. Na inumação a presença de oxigênio é permitida, o que acelera a decomposição orgânica e dá uma maior rotatividade dos espaços de inumação. A utilização de composto orgânico nas adubações produz múltiplos efeitos sobre o solo e as plantas cultivadas, por meio do aumento da permeabilidade do solo, da agregação das partículas minerais, do fornecimento de macro e micronutrientes, da correção da acidez, do incremento na população de microrganismos e da elevação da eficiência na absorção de nutrientes.

Foto: Embrapa

Na foto, as sobras de hortaliças se decompõem biologicamente produzindo o composto orgânico, que é usado como adubo. Foto: Embrapa

A grande maioria de produtores agrícolas do Brasil trabalha em áreas com alto grau de diversificação, muitos deles com criações de animais associadas ao processo de produção. Isso justifica certa facilidade de se estabelecer formas de produção baseadas na integração dos recursos internos da propriedade, visando a redução de custos e melhorias no rendimento de todo o sistema produtivo.

A técnica de compostagem orgânica é uma prática que tem sido utilizada há muitos anos em todo o mundo, servindo de um importante auxiliar nos processos produtivos agrícolas. Atualmente, em função da severa degradação dos nossos solos, pelas práticas agroquímicas, mesmo em sistemas convencionais de produção, o uso da matéria orgânica já é uma realidade estabelecida, com base, principalmente, no uso do esterco animal puro e curtido.

Conhecer os efeitos benéficos que a matéria orgânica provoca nas estruturas química, física e biológica dos nossos solos tropicais define essa prática como fundamental para a busca da sustentabilidade agrícola de nossos sistemas produtivos.

O conhecimento das propriedades físicas e químicas das substâncias húmicas, assim como dos benefícios da atividade microbiana dos solos, indica a necessidade de um melhor aproveitamento dos resíduos rurais (esterco, cama de aviários, restos de cultura, folhagens etc), permitindo a manutenção e o incremento da produtividade do mesmo. Além disso, existe ainda a possibilidade de aproveitamento de resíduos industriais e de centros urbanos.

Fonte: CPT. Texto escrito por Silvana Teixeira.