Uma das doenças mais prejudiciais aos negócios de um avicultor é a Newcastle. Ela atinge tanto as aves selvagens como as aves domésticas, podendo acometer frangos, perus e patos. É causada por um vírus da família Paramyxoviridae e do gênero Avulavirus (APMV-1), que fica incubado na ave de 2 a 15 dias.

Foto: Jamil Correia da Silva Júnior

Foto: Jamil Correia da Silva Júnior

Conhecida também como DNC, a Newcastle foi descoberta, na Grã-Bretanha, em 1926, na cidade de Newcastle. Considerada mundialmente como uma pseudopeste aviária, o vírus causador da doença é altamente contagioso e patogênico. Por isso o controle deve ser imediato para que ele não atinja proporções faraônicas.

Segundo dados do PNSA – Plano Nacional de Sanidade Avícola, a Newcastle, se não controlada, pode gerar um impacto econômico mundial, como alta mortalidade e morbidade, queda da postura e deterioração da qualidade do ovo, redução da fertilidade e da eclodibilidade, comprometimento dos índices zootécnicos e restrição à exportação de carne e ovos contaminados.

Os sintomas mais comuns nos frangos e galinhas infectados são:

– Problemas nos sistemas respiratório e nervoso, que podem levar a ave à morte;
– Graves lesões hemorrágicas intestinais e respiratórias que podem ser letais;
– Queda de postura nas poedeiras, respiração difícil e debilidade no sistema nervoso;
– Problemas respiratórios e infecções entéricas mais brandas;
– Problemas digestivos e entéricos mais severos;
– Conjuntivite, secreções nasais e paralisia.

Sinais mais comuns de que o frango ou galinha pode ter a doença:

– Bico aberto e dificuldade de respirar;
– Fezes com coloração esverdeada;
– Dificuldade para permanecer em pé;
– Paralisia (em casos mais graves).

A importância da biossegurança no aviário

Uma ótima medida para evitar que a Newcastle atinja em maior escala o aviário é a biossegurança. Por meio dela, são seguidos alguns procedimentos para evitar que as consequências da doença sejam ainda piores, como a seleção das aves sadias e o isolamento das aves infectadas.

De acordo com o professor Luiz Fernando Teixeira Albino, doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa, o avicultor deve manter o aviário sempre limpo, livre de sujidades, deve fazer a higienização dos setores onde se encontram as aves, além do vazio sanitário. Tudo isso impede que o vírus se espalhe e acometa as aves sadias.

Importante!

Não há tratamento para a Newcastle. Aves doentes devem ser isoladas e eliminadas da granja. Para evitar que o aviário seja atingido pela doença, além da biossegurança, deve-se vacinar os frangos e galinhas como medida preventiva.

Fonte: CPT. Artigo escrito por Andréa Oliveira.