Há vários casos de mordeduras de morcegos hematófagos, um dos principais transmissores da raiva, porém nenhum caso da doença confirmado até o momento. Essa foi a confirmação do Gestor do Departamento Regional da Cidasc de Videira, Marcelo Grazziotin, que destacou a importância das pessoas ficarem atentas a essa situação. Segundo ele, é necessário apontar a localização das colônias de morcegos hematófagos, para que haja uma ação mais efetiva de controle populacional desses animais.

Foto: Agência de Desenvolvimento Regional de Videira

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“Em quase todos os municípios da regional há registros de mordeduras de morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, em especial em bovinos. Essa ocorrência, no entanto, não remete a casos de raiva, porém, é recomendada especial atenção quando a presença desses animais” afirmou Marcelo.

Na regional da Cidasc de Videira, nos casos onde é apontada a localização das colônias de morcegos hematófagos, é realizado o controle populacional, por meio da captura dos indivíduos e tratamento com uma pasta a base de warfarina, sendo posteriormente soltos para retornarem aos seus abrigos e repassarem a pasta a um maior número de indivíduos.

A pasta vampiricida, a base de warfarina, tem efeito anticoagulante e tem por finalidade eliminar uma parte da população dos morcegos, já que a eliminação total levaria a um desequilíbrio ambiental. Segundo Marcelo, o controle populacional é realizado com frequência, atendendo a demanda de notificações de mordeduras efetuadas pela alimentação dos morcegos.

A Cidasc destaca que caso houvesse confirmação de circulação viral da raiva, os morcegos hematófagos seriam eliminados. Neste momento, como não há casos confirmados a ação é de prevenção e controle, que iniciam com a educação sanitária, que leva conhecimento à comunidade e traz importantes informações para a sequência do trabalho, que é basicamente o controle populacional dos morcegos hematófagos, a vacinação dos animais e o trabalho de investigação epidemiológica que visa descobrir outros possíveis casos.

Foto: Agência de Desenvolvimento Regional de Videira

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A Raiva é uma doença aguda do sistema nervoso central que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos, sendo fatal em todas as espécies. A transmissão acontece pela saliva dos animais infectados. Uma vez contaminados, algum tempo após o contágio o animal passa a apresentar salivação intensa, paralisia dos membros, não podendo mais se movimentar ou mesmo ficar de pé, vindo a morrer. Para prevenir a raiva, a vacinação de bovinos e equinos é indicada. “Identificando algum caso suspeito de raiva ou em casos de mordedura ou localização de abrigos de morcegos hematófagos, é importante que a Cidasc seja comunicada para que dê andamento ao procedimento necessário”, finalizou Marcelo.

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