O feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) é uma espécie alimentar de grande importância no Brasil, sobretudo na região Nordeste. Entretanto, apesar dos inúmeros benefícios que apresenta para a nutrição, saúde e segurança alimentar, ainda é uma cultura que tem recebido pouca atenção da pesquisa a nível nacional, sobretudo no aspecto do melhoramento genético. A Universidade Federal do Piauí – UFPI e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa trabalham há mais de 10 anos para ampliar o conhecimento genético acerca dessa cultura agrícola, investindo em ações de coleta de variedades tradicionais em diversas regiões brasileiras, caracterização molecular e conservação em seus bancos genéticos. O conhecimento gerado aponta para a necessidade de iniciar no país um programa nacional de melhoramento genético do feijão- fava, em colaboração com outras instituições nacionais de pesquisa e ensino e de países da América Latina que já possuem vasta experiência nessa área, como México e Colômbia.

Foto: Cibelle Bertaco

Foto: Cibelle Bertaco

A criação desse programa é uma das conclusões da 1ª reunião internacional de pesquisa sobre feijão-fava, realizada em Teresina, PI, no período de 7 a 9 de dezembro de 2016. O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais e discutiu estratégias para o melhoramento genético da cultura no Brasil, México e Colômbia.

A fava é muito famosa em todo nordeste brasileiro. É também uma importante fonte proteica para diversas comunidades indígenas brasileiras. Com um grão pouco maior que o do feijão, é ótima companheira do arroz, não só no sabor, como também no teor nutricional, já que é uma leguminosa rica em diversos nutrientes, como proteínas, fibras alimentares, vitaminas e minerais, além de possuir baixo teor de gordura e ser livre de gordura saturada. Por todos esses benefícios para a nutrição e saúde humana, é fundamental que essa cultura seja mais difundida no Brasil.

Fonte: Embrapa