Os preços do suíno vivo no mercado independente iniciaram o ano em queda na maioria das praças de comercialização. Em Santa Catarina a referência perdeu R$ 0,50 – saindo de R$ 4,20/kg para 3,70/kg nesta semana.
De acordo com o Presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina – ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, a queda por quilo representa no final uma perda de R$ 50,00 por animal comercializado.
Contudo, o setor segue otimista com o andamento do mercado nos próximos meses. Nesta semana, por exemplo, Lorenzi relata aumento na procura das agroindústrias aos produtores integrados. Em Santa Catarina os compradores ofereceram até R$ 3,00 acima da referência no pagamento para 10 dias.
A melhora no cenário, segundo o Presidente, é motivada por três frentes: estabilização da demanda após período de férias, exportação em ritmo acelerado e oferta ajustada.
Do lado da oferta houve um aumento no peso dos animais nos últimos dias. “O produtor deixa de entregar aquele volume todo de animal para colocar mais peso, reduzindo a disponibilidade de animais no mercado”, explica Lorenzi.
Com o bom ritmo das exportações e a expectativa crescente de retomada da demanda no mercado interno, “a expectativa é de que na próxima semana a bolsa volte ao R$ 4,00/kg”, afirma o presidente.
A Associação diz acreditar que os recentes dados positivos sobre a economia devem melhor o poder de compra da população já no final do primeiro trimestre;
Custo
Outro fator positivo para a cadeia é o recuo nos custos de produção. No ano passado a saca de milho ficou na média de R$ 57,00, e agora os produtores conseguem adquirir o cereal a R$ 36,00/saca.
“Além do que, o farelo de soja – componente bastante usado na ração – está abaixo de R$ 1.100/t em algumas regiões do estado”, diz Lorenzi.
Segundo o Presidente, atualmente o custos de produção gira em torno de R$ 3,75 por quilo. Ainda apertado, mas já indicando melhora.
Contudo, por mais que as projeções sejam positivas, Lozivanio lembra o esforço financeiro dos produtores no ano passado para se manter na atividade. “Então, até haver viabilidade econômica ainda vai longe”, diz.
Fonte: Notícias Agrícolas