Com uma produção prevista de aproximadamente 580 mil toneladas de cebola e uma área cultivada de aproximadamente 21 mil hectares a safra de 2016/17 é de recordes em Santa Catarina. A alta demanda gera estagnação do mercado com a queda no preço do produto e dificuldades para a cadeia produtiva. Santa Catarina é o maior produtor de cebola do país e responde por 1/3 da produção brasileira. Preocupados com essa situação, entidades do agronegócio reuniram-se, em Florianópolis, para debater o assunto em reunião coordenada pela Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina – Faesc. A principal apreensão dos produtores é com relação a desleal concorrência ocasionada pela importação do produto da Holanda.
Outra preocupação é com relação ao prazo de pagamento dos financiamentos da safra 2015/16. Segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a colheita não teve o resultado esperado e a importação de cebola atingiu 334,7 mil toneladas o que prejudicou o comércio no mercado interno e fez com que os produtores prorrogassem seus financiamentos. A reivindicação é para que sejam prorrogadas as dívidas de custeio e investimento para cinco anos, com direito a crédito de financiamento para a próxima safra.
As demandas foram apresentadas a representantes do Banco do Brasil que repassarão as reivindicações ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Além da prorrogação das dívidas, os produtores também solicitam a taxação da cebola importada com o intuito de dificultar a entrada do produto no Brasil, principalmente no período de alta safra.
O Secretário Executivo do Sindicato Rural de Ituporanga, Pedro Adriano Damann, destaca que, para os produtores, a taxação deve ocorrer mediante decreto, ou seja, mais rápida que a inclusão da cebola na lista Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum – LETEC, segundo ele, um processo demorado que será buscado posteriormente. “A Epagri/CEPA está elaborando um laudo da situação da comercialização de cebola para que possamos apresentar junto com as reivindicações dos em busca de melhorias para a categoria”, complementa.
O Presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, Enori Barbieri, ressalta que a entidade tem o compromisso, junto com a Câmara Setorial da Cebola, de estudar a classificação do produto adequada à realidade do comércio e apresentar os resultados ao Mapa para que seja colocada em prática.
Uma audiência com o Governo do Estado será marcada para apresentar as demandas da categoria para somar forças com demais órgãos de representatividade dos produtores de cebola.
Estiveram presentes na reunião o Presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, o Presidente da Cidasc e Vice-Presidente da Faesc, Enori Barbieri, a Gestora Estadual da Divisão de Classificação da Cidasc, Valdirene Regia Sommer, o Gerente de mercado do Banco do Brasil, Flauso Jean Garlet, o engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – Epagri e Coordenador da Câmara Setorial da Cebola/SC, Daniel Rogério Schmitt, representante da Superintendência do Banco do Brasil Alessandro Cepil e representante da Epagri/CEPA Jurandi Teodoro Gugel.
O Presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr, o Secretário Executivo do Sindicato Rural de Ituporanga, Pedro Adriano Damann, o Presidente do Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural de Aurora, Jelson Gesser, o Presidente da Associação Catarinense dos Produtores de Cebola – Aprocesc, Luiz Carlos Laurindo e o Presidente do Sindicato Rural de Alfredo Wagner, Pedro Menezes, também participaram da reunião.
Fonte: MB Comunicação
Mais informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7037
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom