O Projeto “Pecuária de Baixa Emissão de Carbono: geração de valor na produção intensiva de carne e leite” do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC, dará início a uma série de levantamentos a fim de identificar e selecionar tecnologias de produção sustentável que possam ser implantadas nos sistemas de produção de bovinos de corte e leite do país.

Foto: Rosemberg Tartari

O foco da pesquisa é contemplar as tecnologias de gestão racional da água e dos alimentos, implantação de biodigestores, compostagem e também a geração de energia elétrica por meio do uso do biogás produzido pelos dejetos.

“Iremos priorizar o aproveitamento econômico dos resíduos e o consequente aumento de renda dos pecuaristas, estimulando o uso adequado do biofertilizante gerado pela atividade”, explica o consultor do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e médico veterinário, Cleandro Pazinato Dias.

Para tal levantamento, a equipe irá realizar missões de reconhecimento de norte a sul do país, identificando casos de sucesso seja de propriedades, empresas ou instituições que atuam direta e indiretamente no desenvolvimento de tecnologias e sistemas para atividade agropecuária com foco na sustentabilidade.

Assim, os estudos irão desenvolver conteúdo sobre a viabilidade técnico-econômica das principais tecnologias de baixa emissão de carbono empregadas em sistemas de produção de bovinos de corte e de leite em sistemas confinados.

Segundo o consultor do IICA e médico veterinário, Fabiano Coser, as escalas para os estudos de viabilidade serão definidas de acordo com os módulos produtivos predominantes na bovinocultura de corte e leite brasileira e, para isso, as tecnologias serão avaliadas também economicamente. “ Será necessário uma análise econômica utilizando métricas de gestão como: taxa interna de retorno; prazo de retorno do investimento; valor presente líquido e taxa máxima de atratividade do investimento”, explica.

No segundo semestre, o Projeto irá realizar fóruns de discussão para bovinocultores de corte e leite para apresentar e, assim, incentivar o uso de tecnologias que reduzam a emissão de carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades, além de divulgar e promover os benefícios da produção com baixa emissão de carbono aos produtores e consumidores, tornando assim a produção de corte e leite um modelo a ser seguido por outras cadeias de produção de proteína animal.

Fonte: O Presente Rural.