Um produtor de leite de Cristais, cidade localizada no estado de Minas Gerais, utiliza dejetos bovinos como adubo orgânico na lavoura, e garante vantagem financeira no processo. A compostagem dos dejetos feita dentro da propriedade apresenta uma série de vantagens, dentre elas, funciona como condicionador do solo, melhorando sua capacidade de aeração, permeabilidade e retenção de água e, principalmente, atuando como fonte de macro e micronutrientes para as plantas.

Imagem Ilustrativa

Com mais de 200 cabeças de gado de leite em confinamento que produzem 5 mil litros de leite por dia, a gera cerca de seis toneladas de esterco por dia. A produção do adubo orgânico é em grande escala e chega a 400 toneladas por ciclo, que acontece a cada dois meses. O processo, que já é realizado desde o ano passado, acontece por meio de um sistema de tratamento de dejetos mecanizado. Tal formato permite a eliminação das esterqueiras, dos fortes odores, da distribuição dos dejetos líquidos e dos riscos de acidentes. Com este sistema de tratamento, por meio da unidade mecanizada e automática de compostagem, corre-se menor risco ambiental quando comparado com o sistema convencional de armazenagem ou tratamento.

Neste processo a renovação do ar na leira é realizada pelo método de revolvimento e por meio do mecanismo de cilindro permite-se aerar toda massa de composto ciclos diários. O objetivo da compostagem mecanizada é fazer a distribuição dos resíduos ou dejeto e revolvimento do composto, diariamente. “Outro ponto positivo é que os resíduos líquidos também podem ser aplicados diariamente na leira de compostagem”, explica o produtor.

“A maior diferença no processo direcionado para bovinocultura é a agregação de liquido para dissolução dos dejetos, além de bomba de agitação para evitar a solidificação”, esclarece João Paulo Pierog, responsável pela implantação do equipamento de compostagem na fazenda.

Para Marco Antônio Costa, proprietário da fazenda, a responsabilidade ambiental é uma realidade para o avanço da produção intensiva. “Não há volta para esse processo no longo prazo. O que precisamos é tornar o sustentável, lucrativo. Somente conhecendo as vantagens das tecnologias é que conseguimos transformar os processos em rentabilidade”, destaca.

O Projeto “Pecuária de Baixa Emissão de Carbono: geração de valor na produção intensiva de carne e leite”, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, tem o intuito de, ao longo de um ano, avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na pecuária, como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC. Para tanto, serão realizados levantamentos no Brasil e no exterior de modelos de tratamento, seguidos da avaliação econômica de cada um deles. Os modelos viáveis serão difundidos pelo Projeto por meio de workshops nas principais regiões produtoras do Brasil.

Fonte: O Presente Rural

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