O Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Chapecó realizou no dia 31 de maio, uma reunião com a Associação Catarinense de Citricultura – Acacitros, profissionais da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – Epagri, Responsáveis Técnicos – RT’s, produtores de citros, comerciantes e representantes de indústrias, para tratar de adequações dos produtores ao Sistema de Mitigação de Risco – SMR do Cancro Cítrico.
Em 16 de maio, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa publicou a Resolução nº 12, que reconhece o estado de Santa Catarina como Área sob Sistema de Mitigação de Risco – SMR para Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp.citri). O novo status fitossanitário permitirá que os produtores catarinenses comercializem laranjas, limões, tangerinas e demais cítricos para outros estados, mesmo com a ocorrência da doença na propriedade, o que não era permitido até então.
O objetivo da reunião, conduzida pelo Gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Ricardo Miotto Ternus, e pelo Gestor da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Alexandre Mees, foi apresentar aos agentes da cadeia produtiva de citros a Instrução Normativa n° 37, de 05 de setembro de 2016, do Mapa, que trata da implantação do SMR para Cancro Cítrico.
O Sistema de Mitigação de Risco estabelece a aplicação de medidas de manejo no decorrer de todo o ciclo produtivo buscando diminuir o risco de produção e comercialização de frutos com a incidência da praga Cancro Cítrico. Fazem parte do SMR as seguintes etapas:
I – cadastro de imóveis de produção de cítricos;
II – inscrição de Unidades de Produção – UP;
III – inscrição de Unidades de Consolidação – UC;
IV – aplicação de medidas de manejo durante todo o ciclo de cultivo;
V – habilitação da UP, mediante inspeção prévia, para colheita;
VI – emissão do Certificado Fitossanitário de Origem – CFO;
VII – inspeção de frutos nas UP e UC; e
VIII – tratamento higienizante de frutos pós-colheita.
Na prática, o SMR permite ao citricultor, desde que obedeça rigorosamente às medidas estabelecidas, a produção e comercialização de frutos oriundos de áreas com ocorrência de cancro cítrico.
Na avaliação dos participantes, a principal mudança, que atingirá inclusive produtores que nunca tiveram cancro cítrico em suas propriedades, será a obrigatoriedade de tratamento pós colheita para higienização dos frutos.
Citricultura Catarinense
Mais de 95% dos citricultores catarinenses estão em pequenas propriedades, em regime de exploração familiar. As unidades produtivas são diversificadas, sendo a citricultura, na maioria dos casos, uma atividade secundária, complementadora da renda agrícola. Com área média explorada com citros inferior a 2 hectares, os produtores limitam-se ao cultivo de laranjas e tangerinas voltadas tanto para a indústria como para o consumo in natura. De acordo com dados divulgados pela Epagri no ano de 2013, a participação relativa da laranja acontece mais concentradamente nas Regiões Meio-Oeste e Extremo Oeste Catarinense, com 74,5% da produção comercial e 70,1% do Valor Bruto da Produção – VBP. As áreas de cultivo de tangerinas encontram-se mais bem distribuídas pelo estado do que as laranjas, com maior participação das regiões Metropolitana, Alto Vale do Itajaí, Meio-Oeste e Planalto Norte, com 78,6% da produção e 81,7% do valor bruto da produção.
Fonte: Jader Alfredo Deobald – Departamento Regional da Cidasc de Chapecó/ Alexandre Mees – Gestor da DIDEV.
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