Foto: Departamento Regional da Cidasc de Xanxerê

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, a Rússia mantém-se como o maior importador de carne suína do Brasil (com 40,3% do total), sendo destino de 111,1 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, volume 10% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da associação, Francisco Turra, explica que a Rússia é a principal parceira comercial do Brasil no setor de suínos e tem incrementado suas compras nos últimos anos, confiando ao setor brasileiro uma importante parcela do fornecimento destes produtos ao seu mercado. “Hoje, os exportadores brasileiros são responsáveis pela maioria absoluta das importações russas de carne suína”, analisa.

Em segundo lugar nas importações, Hong Kong foi responsável pela compra de 58,2 mil toneladas no mesmo período (21,1% do total), volume 22% inferior ao realizado nos cinco primeiros meses de 2016. Para a China (terceiro maior importador) foram embarcadas 6,3 mil toneladas (8,1% do total), volume também 22% menor em relação ao ano anterior.

Consolidada na quarta posição, para a Argentina foram embarcadas 6,5 mil toneladas (5,4% do total), volume 80% superior na comparação com o ano passado. “Com crescimento expressivo desde meados de 2016, as exportações para a Argentina agora assumiram um papel estratégico nas vendas internacionais brasileiras, passando a liderar as vendas do setor de suínos na América do Sul”, ressalta o vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin.

Santa Catarina, maior Estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou entre janeiro e maio o total de 113,3 mil toneladas, volume 8% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul foi responsável pelos embarques de 78,8 mil toneladas no período (-10%).  Paraná, com 37,9 mil toneladas (+4%), Mato Grosso, com 17,2 mil toneladas (-13%) e Goiás, com 14,7 mil toneladas (-39%) completam a lista dos cinco maiores Estados exportadores.

Números do ano

 A ABPA indica elevação de 28,9% na receita de exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e outros processados) nos cinco primeiros meses de 2017, em relação ao ano anterior.  Ao todo, os resultados chegaram a com US$ 658,7 milhões neste ano, frente a US$ 510,9 milhões em 2016.

Considerando apenas o mês de maio, a receita dos embarques totalizou US$ 123,7 milhões, número 1,3% inferior ao obtido no quinto mês de 2016, de US$ 125,3 milhões. Em volumes embarcados, os exportadores de carne suína acumulam retração de 4,4% entre janeiro e maio.  No total, foram exportadas 279,1 mil toneladas, contra 291,9 mil toneladas em 2016.

Um dos motivos para o resultado, segundo a ABPA, foi a diminuição das exportações em maio, que totalizou 48,8 mil toneladas, volume 24,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2016 (65 mil toneladas).

Fonte: ABPA