A banana é uma das frutas mais importantes do mundo, tanto no que se refere à produção quanto à comercialização. Para muitos países, além de ser um alimento complementar da dieta da população, a banana apresenta grande relevância social e econômica, servindo como fonte de renda para muitas famílias de agricultores.
A Sigatoka-negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet, é considerada atualmente uma das mais importantes doenças da bananeira. O agente causal da Sigatoka-negra é muito mais destrutivo que o da Sigatoka-amarela (M. musicola Leach ex Mulder), caracterizando-se por apresentar maior velocidade e intensidade de ataque e por infectar também as folhas mais jovens, destruindo, em consequência, maior quantidade de tecido fotossintetizante. É, além disso, um fungo difícil de controlar e que apresenta um espectro maior de cultivares suscetíveis de banana dos subgrupos Prata, Cavendish e Terra.
Após a constatação da Sigatoka Negra em meados de junho de 2004, no estado de São Paulo, e a repercussão no mercado comercial, a publicação da Instrução Normativa DSA/MAPA n. º17, de 31/05/2005, minimizou o impacto aos bananicultores, pois através de adequações no cultivo e colheita, minimizou o risco e possibilitou o comércio da fruta nos estados da federação e a exportação aos países vizinhos.
A importância do Sistema de Mitigação de Risco para Sigatoka Negra – SMR tem por objetivo possibilitar ao produtor a manutenção de sua atividade e comercialização do seu produto nas unidades da Federação e em outros países.
Podemos definir o SMR como sendo uma serie de controles e práticas agrícolas, oficialmente supervisionadas que permitam reduzir ao mínimo o risco de aparição de pragas quarentenárias em uma partida ou um produto, empregados simultaneamente na produção e no pós colheita.
Em Santa Catarina a coordenação do programa está a cargo da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC, através do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal, e a execução sob a responsabilidade das estruturas regionais que mantém equipes de fiscais agropecuários devidamente treinados e equipados para dar o suporte técnico e legal às ações exigidas pelo programa.
Para ingressar no SMR
A adesão ao SMR é voluntária, e o registro da Unidade Produção no órgão de defesa fitossanitária do estado é sem custo. O produtor deve procurar a Cidasc através de seus Engenheiros Agrônomos credenciados, deverá então assinar um Termo de Adesão, onde compromete-se a cumprir o regulamento do Sistema de Mitigação de Risco para a Praga Sigatoka Negra, e deverá seguir os seguintes requisitos:
-> A execução de práticas agrícolas para a cultura da banana;
-> A poda da parte da folha que apresentar sintomas de Sigatoka Negra;
-> Adoção do manejo integrado de Sigatoka Negra, incluindo, se necessário, controle químico com produtos químicos registrados no MAPA e na OEDSV;
-> O plantio de cultivares tolerantes recomendadas pelas entidades oficiais de pesquisa;
-> A realização de monitoramento para indicar o momento mais propício de realizar o controle químico;
-> A adoção, quando for o caso, de sistemas orgânicos de produção ou sistema de produção integrado de banana (PIB);
-> A realização da despenca de banana na unidade de produção;
->A higienização das pencas de banana com produtos recomendados pela pesquisa.
-> A embalagem da banana em caixas plásticas acompanhadas de declaração de higienização ou caixas novas de madeira.
Após assinar o termo, o Responsável Técnico fará o cadastro da unidade de produção (bananal) e da unidade de consolidação (casa de embalagem) junto à Cidasc.
Fonte: Fabiana Alexandre Branco
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