Na última segunda-feira (28), as médicas veterinárias do Departamento Regional da Cidasc de Joinville Simone Senger e Liege Cantelli ministraram uma palestra sobre Brucelose e Tuberculose. A palestra aconteceu no Plenário da Câmara de Vereadores do município de São João do Itaperiú.
O evento é uma parceria com a Prefeitura Municipal de São João do Itaperiú e faz parte de uma série de ações semelhantes promovidas pelos departamentos regionais que visam levar ao produtor o conhecimento sobre essas e outras zoonoses e mostrar a importância de ter uma propriedade certificada nos padrões sanitários estabelecidos.
Brucelose
A brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e pode ocasionar aborto e queda na produção de leite. Ela ataca animais machos e fêmeas.
Muitos animais contraem a doença quando comem ou lambem restos de placentas no pasto, visto que, quando a vaca sofre o aborto, a Brucella pode permanecer viva por cerca de seis meses no solo e pastagem. A transmissão também pode acontecer durante a monta natural, ou na inseminação com material ou sêmen contaminado.
O ser humano pode contrair a brucelose, assim como os animais, quando entra em contato direto com os restos de aborto ou placenta. Além disso, o
consumo de leite cru e derivados contaminados pela bactéria também podem acometer o homem.
Tuberculose
A Tuberculose é uma doença que atinge, principalmente, os bovinos e bubalinos e pode causar emagrecimento, tosse e queda na produção de leite. É comum a condenação de carcaça em abatedouros por achados de lesões sugestivas de tuberculose. A doença pode atingir outras espécies de animais, inclusive o homem.
A contaminação nos animais se dá de várias formas, seja pelo contato direto quando os animais se lambem, contato com a água e alimento contaminado por animal doente, quando o animal doente tosse perto de outro sadio, durante alimentação no cocho por contato direto e alimentação com soro de leite contaminado, pois o terneiro pode se contaminar ao mamar ou ao receber leite de outra vaca doente.
Para saber se os animais estão doentes, é preciso ficar atento a alguns detalhes, como a diminuição de produção leiteira nas fêmeas, tosse constante e resistente a tratamentos, além do emagrecimento na fase final da doença.
Brucelose e Tuberculose em Santa Catarina
Santa Catarina possui um rebanho de aproximadamente 4,4 milhões de bovinos, distribuídos em 220 mil propriedades, e a incidência de brucelose e de tuberculose não chega a 1% desses animais. Todos os anos são realizados em média 150 mil exames para analisar a presença das zoonoses no rebanho catarinense. O estado conta ainda com 330 propriedades classificadas como livres de brucelose e de tuberculose.
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