Há centenas de anos os pescadores estabeleceram uma das mais consolidadas relações de respeito entre o homem e a natureza. É simples: basta aceitar os momentos de fartura e outros em que o mar não está para peixe. Santa Catarina tem muito do que se orgulhar dos cerca de 25 mil pescadores envolvidos com a pesca, segundo a secretaria de Estado da Agricultura e Pesca. Além de gerar renda, eles ajudam a construir um patrimônio imaterial cheio de boas histórias e que já faz parte da Cultura de Santa Catarina.
A tradicional pesca da Tainha, por exemplo, é um dos momentos mais esperados pelos pescadores, mas a forma artesanal como é feita se transformou em um símbolo da cultura do Litoral catarinense. Normalmente entre os meses de maio e julho, o escolhido para ser o “vigia” fica encarregado de avistar os cardumes do alto dos costões e avisar os companheiros, posicionados mais abaixo, para que eles saibam o momento exato de jogar as redes. A safra é comemorada pelos pescadores e o comércio do peixe garante boa renda extra para as famílias.
Pesca artesanal com auxílio de botos
Em Laguna, a pesca artesanal ganhou “vigias” mais que especiais: são os botos. A prática envolve pescadores da praia da Tesoura e Molhe da Barra, se transformando em um ritual próprio na captura dos peixes, que envolve preparação, organização, experiências, habilidades, e respeito entre o homem e o animal.
Os botos, que são avistados brincando na água, tornam a espera dos pescadores mais certeira, porque indicam a direção dos cardumes de tainhas. A parceria é fundamental, já que muitos ficam à beira do mar o tempo que for necessário para o momento certo do lanço da captura. Pesca artesanal também é um exercício de paciência.
Cada Boto é conhecido pelos seus dotes físicos e desempenho no ato da pesca, o resultado da performance, rende, inclusive, um batismo formal. Depois de receber o apelido do pescador, os botos são tratados nominalmente, o que torna a relação mais íntima e amistosa no decorrer de toda a vida do animal, que pode alongar-se por mais de uma geração de pescadores.
Recentemente, o governador Eduardo Pinho Moreira entregou ao Conselho Pastoral dos Pescadores da Diocese de Tubarão, o termo de registro da pesca artesanal com auxílio de botos como patrimônio cultural de Santa Catarina. A pesca com o auxílio do boto faz parte da história da pesca no Brasil e particularmente na Região Sul de Santa Catarina. A atividade é considerada uma manifestação cultural tradicional, secular e de ocorrência extremamente rara.
Outros dados
Santa Catarina é o maior produtor de pescados do Brasil. A secretaria de Estado da Agricultura e Pesca disponibiliza programas de fomento abertos aos pescadores para que possam acessar os benefícios investindo na atividade e gerando ainda mais desenvolvimento para o setor. A secretaria da Agricultura frisa que todos os programas de fomento, financiamentos e subvenções de juros estão disponíveis aos pescadores.
Na modalidade industrial, a pesca envolve 700 embarcações, 50 indústrias, com a geração de dez mil empregos diretos e 50 mil indiretos.
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