No dia 17 de julho, a Cidasc participou do I Seminário de bovinocultura municipal de Monte Carlo a convite da Secretaria Municipal de Agricultura do município. O evento contou com  palestras proferidas pelos médicos veterinários do departamento regional de Campos Novos.

Karen Sandrini Rossi tratou da Febre Aftosa e do Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos de Santa Catarina (SRBOV-SC). A febre aftosa é uma doença viral altamente infeciosa, que acomete animais de casco bipartido, como bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. O vírus, altamente contagioso, pode ser transmitido através da baba do animal. Para evitar a entrada do vírus da febre aftosa em Santa Catarina, o Governo do Estado, Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e iniciativa privada realizam um controle sanitário eficiente através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc.

A Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Argentina, Paraná e Rio Grande do Sul que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

Além disso, a médica veterinária falou sobre o Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos de Santa Catarina (SRBOV-SC), estabelecido em 17 de outubro de 2016. O SRBOV-SC é realizado pela Scretaria de Estado de Agricultura e da Pesca em parceria com a Cidasc e agências autorizadas pela Secretaria. À Cidasc cabe o controle e a distribuição dos brincos de identificação, fiscalização e auditoria da execução do SRBOV-SC, bem como recomendar à Secretaria o descredenciamento de entidades parceiras quando não há o cumprimento de quaisquer normativos legais.

O médico veterinário Moacir Vieira Semprebon Júnior palestrou sobre a raiva. A raiva é uma doença fatal que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres infectados.   A raiva ataca o Sistema nervoso central (cérebro) causando mudança de comportamento, paralisia e por vezes agressividade.  O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva. Por isso não devemos colocar a mão na boca de cavalos, ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Cães, gatos e animais silvestres transmitem a doença pela mordida. Além da raiva, o médico veterinário falou sobre as Encefalopatias, doenças cerebrais que altera o funcionamento ou a estrutura do cérebro.

Já Araceli Zanadrea faklou sobre a brucelose e a Tuberculose. A brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella e pode ocasionar aborto e queda na produção de leite. Ela ataca animais machos e fêmeas. Muitos animais contraem a doença quando comem ou lambem restos de placentas no pasto, visto que, quando a vaca sofre o aborto, a Brucella pode permanecer viva por cerca de seis meses na vegetação. A transmissão também pode acontecer durante a monta natural, ou na inseminação com material ou sêmen contaminado. A Tuberculose é uma doença que atinge diversas espécies de animais, principalmente, os bovinos e bubalinos, e pode causar emagrecimento, tosse e queda de produção de leite. É comum a condenação de carcaça em abatedouros por achados de lesões sugestivas de tuberculose. A Tuberculose é uma zoonose, ou seja,  pode ser transmitida dos animais para os homens.

 

A participação da população foi expressiva, ultrapassando as expectativas, com mais de 90 participantes.
Seguem fotos do evento: