Produtores de tabaco de Santa Catarina investem na diversificação de cultura e ampliam a renda no meio rural. Na safra 2017/18, o plantio de grãos após a colheita de tabaco garantiu R$ 190,7 milhões a mais no faturamento das famílias. Os números foram apresentados pelo SindiTabaco, nesta segunda-feira (19), durante a renovação do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco em Santa Catarina.

Foto: Ascom/Cidasc

O Programa incentiva a diversificação e o aproveitamento dos recursos das propriedades, estimulando uma segunda colheita anual, com a semeadura de grãos e pastagem na resteva do tabaco. “Este já é um programa consolidado em Santa Catarina, que tem o reconhecimento dos produtores porque traz não só um aumento na renda, mas também a melhoria na conservação do solo”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

Em 2018, após a safra de tabaco, os produtores catarinenses cultivaram 55.619 hectares, entre milho, feijão, soja e pastagens, com rendimento estimado de R$ 190,7 milhões. O levantamento realizado pelo SindiTabaco contabilizou 35.097 hectares de milho e 4.915 hectares de feijão. A produção de milho foi de 266.737 toneladas – considerando o preço médio de R$ 570 por tonelada, o total da safrinha catarinense chegou R$ 152 milhões. Em relação ao feijão, a safra foi de 12.779 toneladas e preço médio de R$ 1.945 por tonelada, o rendimento foi estimado em R$ 24,9 milhões. O levantamento apontou ainda mais de 12 mil hectares de pastagens e 3.394 hectares de soja, com um faturamento aproximado de R$ 13,8 milhões.

“Em Santa Catarina nós conseguimos avançar muito através das parcerias com o setor privado e produtores rurais. Criamos soluções que trazem um impacto positivo na vida dos agricultores, combinando esforços para um objetivo maior. Assim funciona o Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco”, explica o secretário adjunto da Agricultura, Athos de Almeida Lopes Filho.

Resultados na região Sul
Em 2018, o levantamento das estimativas de renda do Programa Milho, Feijão e Pastagens nas regiões produtoras dos Sul do País – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – mostrou que o plantio de grãos na resteva do tabaco rendeu em torno de R$ 550 milhões aos produtores. Foram cultivados 110.948 hectares de milho e 17.377 hectares de feijão, com expectativa de rendimento de R$ 414,2 milhões para o milho e R$ 68,3 milhões para o feijão. Os produtores de tabaco cultivam também outros grãos após a colheita, com destaque para a soja que rendeu em torno de R$ 67,5 milhões nos 18.364 hectares plantados. Em relação às pastagens, o levantamento contabilizou 40.391 hectares nos três estados.

Milho, Feijão e Pastagem após colheita do tabaco

Uma parceria entre a Secretaria de Agricultura de Santa Catarina, Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco – SindiTabaco, Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina – Fetaesc, Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina – Faesc e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar. O Programa incentiva, através da rede de assistência técnica e extensão rural, a diversificação de culturas no meio rural.

Tabaco
Santa Catarina é o segundo maior produtor de tabaco do país, com 252,4 mil toneladas colhidas na última safra. O estado possui 45.150 produtores de tabaco em 204 municípios. As regiões de Canoinhas, Rio do Sul e Ituporanga concentram a produção catarinense.

Nas últimas quatro safras, a Região Sul respondeu por 99% da produção brasileira de tabaco. O plantio é realizado em regime de integração com a indústria e se dá de acordo com as necessidades internas e de exportação do produto.

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Ana Ceron
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Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca