Foto: Dayane Santos de Almeida

A criação de aves em sistemas alternativos, como o “tipo caipira” tem ganhado um crescente espaço no mercado brasileiro. Esse aumento é fruto de uma mudança de hábito dos consumidores que procuram alimentos diferenciados.

A médica veterinária Carolina Damo é uma das responsáveis pelo Programa de Sanidade Avícola da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, destaca que o sucesso da criação de qualquer animal destinado ao consumo humano depende de boas práticas de sanidade e de manejo. E na avicultura, a sanidade dos plantéis está relacionado a uma série de cuidados que envolvem não apenas os animais, mas também o ambiente em que eles são mantidos e as pessoas que atuam na atividade. “As medidas de biosseguridade são responsáveis pelo controle e erradicação de agentes patogênicos. É necessário que o produtor faça o controle da pressão de infecções virais, bacterianas, e fúngicas associadas ao controle dos vetores biológicos no ambiente. Todas essas ações são fundamentais para o sucesso econômico da produção. E esse, é um dos maiores desafios enfrentados nos plantéis avícolas atualmente. Por isso, é essencial que os produtores assegurem a sanidade correta do plantel”, afirma Carolina.

Avicultores que atendem aos quesitos básicos de sanidade e bem-estar para as aves obtém uma carne de melhor qualidade, como também agregam valor ao produto. A higienização correta das instalações, é uma das medidas fundamentais para a sanidade e o bem-estar da produção avícola. Os procedimentos de limpeza e desinfecção são indispensáveis para minimizar os riscos de infecções, e garantir a salubridade do ambiente.

Carolina comenta que é importante manter restrito o acesso de pessoas, proibir a entrada de pessoas alheias às atividades e ter atenção ao acesso de veículos na propriedade, por serem potenciais riscos de introdução de doenças. Recomenda ainda, que  todo estabelecimento avícola tenha uma portaria de controle de acesso, com uma área de escritório, instalação de banheiro e vestiário, que mesmo não sendo obrigatórios por lei, garantem adequada organização do local e minimizam riscos de enfermidades. “É importante também A saúde das pessoas envolvidas nas atividades de rotina é um fator que requer atenção, pois estão diretamente ligadas no processo produtivo, sendo um fator que não pode ser negligenciado”, alerta a médica veterinária.

Foto: Carine Rusche

Segundo a médica veterinária, alguns pontos são essenciais para o avicultor que deseja produzir frango ou galinha caipira de mais qualidade, acessando assim novos e melhores mercados. “Adquirir aves que tenham certificação sanitária é medida essencial. A ração e a água fornecidas não devem oferecer riscos à saúde das aves. É preciso também que seja feito controle de insetos e roedores. Em geral, é um trabalho árduo, mas que gera bons resultados na produção”, afirma. Para ela, é ainda fundamental que todas as pessoas envolvidas na produção sejam treinadas e capacitadas para seguirem todas as normas de biosseguridade.

Papel do produtor

Por sermos um país livre de Influenza aviária e Doença de Newcastle e sobretudo pela vocação de Santa Catarina para a produção avícola, precisamos redobrar os esforços para proteger a sanidade de seus plantéis de aves. Além do controle das enfermidades citadas acima, reforçamos que a contaminação dos plantéis pelas diversas salmonelas e micoplasmas existentes, está diretamente ligada às ações e controles de biosseguridade exigidos pela legislação sanitária federal.

A Cidasc reforça que mortalidade alta de aves associada à sintomas nervosos e respiratórios, isolados ou acumulados, deve ser imediatamente informada ao serviço veterinário oficial, a fim de que os médicos veterinários da Companhia possam estar na propriedade num prazo de até 12 horas para começar a investigação.

A Companhia possui um canal de comunicação de emergência com os produtores rurais, através do 0800 643 9300, o produtor deve informar a suspeita de Doença de Notificação Obrigatória.

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