Foto: Daniel V. Canabarro – Arte: Ascom/Cidasc

A partir do próximo dia 15 de junho até o dia 15 de setembro entra em vigor o vazio sanitário para áreas com cultivo de soja (Glicyne max) no estado de Santa Catarina. Este período, compreende 90 (noventa) dias em que, segundo o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é proibido cultivar soja ou implantar lavoura de soja, bem como, manter ou permitir a presença de plantas vivas da cultura, em qualquer fase de desenvolvimento.

O vazio sanitário da soja em Santa Catarina, estabelecido pela Portaria SAR nº 18/2017, surgiu com objetivo de fortalecer e proteger o sistema de produção agrícola da soja em Santa Catarina. Segundo Ricardo Miotto Ternus, secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural do Estado de Santa Catarina “O vazio sanitário é muito importante para a manutenção do baixo potencial de transmissão da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) no início da próxima semeadura, contribuindo assim, para um estabelecimento uniforme das lavouras, com racionalização na aplicação de agrotóxicos. É fundamental que todos os sojicultores do nosso estado adotem o vazio sanitário”, ressalta Miotto.

De acordo com Alexandre Mees, gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a medida fitossanitária beneficia todo o setor ao adiar o surgimento da ferrugem asiática em novos plantios. “Com o vazio sanitário eficiente é possível adiar o surgimento dos primeiros sintomas da praga na safra seguinte, pois ao eliminar todas as plantas de soja, o fungo causador da ferrugem asiática não consegue sobreviver para contaminar os plantios da safra seguinte”, enfatiza Mees.

Soja em Santa Catarina
A área cultivada de soja no estado de Santa Catarina na safra 2019/2020 é de 687.1 mil hectares, contra 676.8 mil ha na safra 2018/19 (Sistema Safra, Epagri/Cepa). A produtividade sofreu uma ligeira redução de 1,92% em relação ao prognóstico inicial, com produção aproximada de 2,31 milhões de toneladas. A redução da produtividade foi consequência do longo período de estiagem que atingiu o ciclo da cultura.

As exportações da oleaginosa, registraram volume recorde, com cerca de 815 mil toneladas no primeiro quadrimestre de 2020, segundo os registros do Ministério da Economia.

Fonte: Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal

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