Sintomas
A primeira geração de larvas se alimenta de botões de flores isolados, no final da primavera ou no início do verão. Mais tarde, cada larva tece uma teia como fios de seda envolvendo vários botões de flor, formando estruturas chamadas de “glomérulos”, visíveis a olho nu. À medida que comem as flores do seu abrigo, elas produzem muito excremento, que é claramente visível a olho nu. A segunda geração de larvas (meados do verão) come primeiramente a parte externa de bagas verdes. Mais tarde entram nas bagas, deixam-nas ocas, restando apenas a casca e as sementes. A terceira geração de larvas (final do verão) causa o maior dano, pois comem o interior das bagas e dentro dos cachos, que aos poucos vão secando. Os fios de seda são feitos entre as bagas para impedir que elas caiam. O Dani causado pela alimentação expõe as bagas a vários tipos de fungos oportunistas ou a ataques de insetos, por exemplo, a traça da uva passa (Cadra figulilella), moscas da fruta e formigas. Não sai comuns danos provocados por larvas em meristemas, brotos ou folhas.
Hospedeiros (as)
Uva e oliveira.
Causador
Os sintomas são provocados pela atividade de alimentação das lagartas da traça Lobesia brotana. As pupas passam o inverno dentro de casulos de seda embaixo da casca do tronco ou na face interior de folhas secas, em fendas no solo ou em restos culturais. Os adultos apresentam asas anteriores com padrão mosaico, coloração creme-escura, salpicada com manchas de coloração cinza, marrom e preta. O segundo par de asas é cinzento com margem franjada. Os adultos da primeira geração emergem quando a temperatura do ar excede o limiar de 10° C durante um período de 10 a 12 dias. As condições ideais de desenvolvimento são temperaturas entre 26 a 28° C e umidade variando entre 40 e 70%. As larvas perfuram o tegumento da flor para penetrar no botão e até podem entrar no pedúnculo do cacho de uvas, fazendo-o secar. Lagartas mais velhas tecem fios de seda que unem frutos, em seguida penetram neles. Esta traça pode produzir de 2 a 4 gerações por ano, dependendo da duração do verão na região.
Controle biológico
Vários inseticidas orgânicos são recomendados para serem utilizados em uvas para o controle de populações desta praga. Entre eles estão reguladores naturais de crescimento de inseto, espinosinas, e soluções à base de Bacillus thuringiensis. Parasitóides, como as moscas taquinídeos, e diversos tipos de vespas parasitas (acima de 100) também podem ser utilizados de forma eficaz para controlar populações de L. botrana. Algumas espécies de parasitóides podem provocar até 70% de mortalidade das larvas da traça da uva. Essas espécies podem ser introduzidas no vinhedo. A interrupção do acasalamento por meio da administração de feromônio impede que as travas se acasalem.
Medidas preventivas
- Prestar atenção nas possíveis regras de quarentena em seu país.
- Assegurar-se de usar material de plantio ou de enxerto saudáveis.
- Plantar variedades tolerantes, quando disponíveis na região.
- Monitorar semanalmente o vinhedo a partir do final da primavera em diante.
- Utilizar armadilhas de feromônio a fim de determinar a quantidade de traças presentes.
- Métodos culturais, como poda específica do dossel da videira e remoção das folhas, podem ajudar a melhorar a ventilação do dossel.
- Fazer irrigação adequada.
- Colocar terra na parte inferior dos troncos para proteção contra geada.
- Manter o vinhedo livre de plantas daninhas.
- Escolher cuidadosamente a época da colheita de forma a evitar população de pico da praga.
- Evitar o uso de inseticidas de amplo espectro, que podem matar espécies predadoras.
- Não transportar nenhum material vegetal infestado entre plantações.
Fonte: Plantix
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