Em 1952, após a criação da Secretaria da Agricultura em Santa Catarina e implantação do Serviço de Defesa Sanitária Animal, o Estado deu início ao combate à Febre Aftosa.
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, pela Portaria nº 153 de 2000, declara a área formada pelos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, como Zona Livre de Febre Aftosa, sem vacinação. A Secretaria de Defesa Agropecuária, visando à proteção dessa zona recém criada, baixa a Instrução Normativa nº 13, de 19 de maio de 2000, que estabelece as normas, para o cumprimento da referida portaria. No dia primeiro de maio de 2000, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura, pela Portaria nº O15/GABS/SDA, declarou a suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa e estabeleceu a proibição da entrada de animais vacinados no Estado de Santa Catarina. Importante ressaltar que a Cidasc contava na época com uma equipe técnica composta por médicos veterinários e auxiliares de pecuária, além de vacinadores comunitários, que não mediram esforços para que a cobertura vacinal garantisse índices eficazes na prevenção de novos focos, o que garantiu segurança na retirada da vacina.
No mês de maio de 2020, o catarinense comemorou o status de 20 anos sem vacinação contra a febre aftosa e 28 anos sem a doença no rebanho. Status que só foi obtido graças aos esforços conjuntos do Governo do Estado de Santa Catarina, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, agroindústrias e produtores rurais, que se uniram para combater a febre aftosa no território catarinense, mantido até hoje através do trabalho desenvolvido pela Cidasc, por meio do Programa Estadual de Vigilância para Febre Aftosa e doenças vesiculares, coordenado pelo Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal da Companhia.
O programa tem como objetivo manter o Estado de Santa Catarina livre da febre aftosa sem vacinação, reunindo as garantias sanitárias necessárias para certificar a ausência da infecção nos rebanhos catarinenses por meio de um sistema de vigilância oficial. Para isso, a Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e fronteira com a Argentina, que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários.
Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas divisas e fronteira, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados. Continuamente, os profissionais da Companhia realizam inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. O Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa) tem papel fundamental no apoio às ações de defesa sanitária animal executado pelos profissionais da Cidasc.
A presidente da Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, destaca que Santa Catarina se mantém como único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. “O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença e é proibida a entrada de bovinos provenientes de outros estados, onde a vacinação é obrigatória. É importante destacar que antes de erradicar a doença, entre 1971 e 1983, Santa Catarina registrava uma média de 462 focos por ano, causando a morte de muitos animais e prejuízos para os produtores”, disse a Presidente.
História do combate à febre aftosa
Desde o início do combate à febre aftosa, a Cidasc, através de seus profissionais, não mediu esforços para desempenhar suas metas com o máximo de eficiência, através de seus programas na área de sanidade animal. A implantação do Programa Agulha Oficial faz parte da história de muita luta e de compromisso da Companhia com a sanidade animal catarinense. Luciane Surdi relembra que naquela época a dedicação, seriedade e eficiência já era uma marca registrada da Cidasc. “Quando constatamos que o produtor comprava a vacina e jogava-a fora, implantamos a vacinação Agulha Oficial, com a contratação, a cada seis meses, de um exército de voluntários para vacinarem todos os animais bovinos do estado de Santa Catarina. A Polícia Militar de Santa Catarina sempre foi um grande parceiro das atividades da Cidasc. Durante as ações de vacinação, a Polícia era responsável por conter os produtores mais resistentes. Não foi fácil!”, afirma.
A presidente complementa a fala agradecendo aos colaboradores. “Hoje, após esses anos de história, a Cidasc construiu um Estado sanitariamente diferenciado, não só pela empresa de defesa agropecuária reconhecida mundialmente, mas por seus profissionais capacitados. A Cidasc é grata a todos os funcionários pela determinação e profissionalismo que juntos, do passado ao presente, construíram uma história valiosa, destacando Santa Catarina na Defesa Agropecuária e Saúde Pública, assegurando a sanidade e projetando a força do agronegócio no cenário mundial. Gratidão a todos!”.
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