Foto: Elton Nuernberg

Após 30 dias de vazio sanitário, plantio de maracujá está autorizado a partir de 1º de agosto

Encerra amanhã (31), o vazio sanitário do maracujazeiro, período de 30 dias em que os produtores ficaram impedidos de plantar ou manter plantas vivas de maracujá (Passiflora edulis) no território catarinense. O plantio de maracujá em Santa Catarina, está autorizado a partir de 1º de agosto.

O vazio sanitário para a cultura em Santa Catarina é uma medida estratégica no combate à virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro, causada pelo Cowpea aphid-borne mosaic vírus (CABMV), e fundamental para manutenção da sanidade dos pomares com garantia de alta produtividade.

Santa Catarina tem, ao todo, dois mil hectares de plantação de maracujá, sendo que cerca de 80% fica no Sul do estado.

A divulgação da obrigatoriedade de cumprir o vazio sanitário foi amplamente divulgada pela Epagri e Cidasc. Ainda no mês de junho foram realizadas pela Cidasc mais de 200 fiscalizações de caráter educativo em todas as regiões produtora de maracujá do estado. Já em julho, durante a vigência do vazio sanitário, as fiscalizações foram concentradas nas denúncias sobre cultivos irregulares, onde as equipes buscaram o convencimento do produtor a cumprir a determinação legal. Em em alguns casos, foi necessário recorrer ao apoio policial para a execução de erradicações de forma compulsória.

De acordo com o engenheiro agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, Alexandre Mees, a adesão ao período de proibição do cultivo foi ampla. “Os produtores de maracujá de Santa Catarina são conscientes, tanto que a demanda de realizar o vazio veio do setor. Os que entenderam a importância do vazio denunciaram produtores que descumpriam a Portaria 06/2020. Engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas da Cidasc fiscalizaram as propriedades e quem estava descumprindo a Portaria, foi autuado pela Companhia e teve todas as plantas vivas eliminadas”, relata Mees.

Virose

Santa Catarina é reconhecida por produzir o melhor maracujá do Brasil, título relacionado às características da fruta, como tamanho, formato e preenchimento de polpa. Contudo, nos últimos anos, os pomares catarinenses sofreram com a virose do endurecimento do fruto.

A doença é disseminada por pulgões, que são insetos comuns nas lavouras do Brasil. Nos seus voos entre um maracujazeiro e outro, ele pode disseminar rapidamente o vírus que, como o próprio nome diz, faz com que o pomar produza frutas mais duras, com menos polpa. Outra consequência é uma importante queda de produtividade.

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