Arte: Ascom /Cidasc

O feijão é um dos ingredientes-base da alimentação do brasileiro. O Brasil produz em torno de 3,5 milhões de toneladas de feijão por ano. O feijão carioca ou “carioquinha” é o mais produzido e consumido, representa 60 % de toda a produção nacional. Em segundo lugar vem o feijão preto, com percentual de produção e consumo em torno de 20%, por último os demais, feijão caupi e fradinho, vermelho, branco, e outros.

Nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro o feijão preto é o mais consumido, e o consumo aumenta em tempos de carnaval. O feijão carioca é consumido em todos os estados, com destaque para o estado de São Paulo. O fradinho é mais consumido nos estados do Nordeste e também  exportado.

O feijão independente da cor da película, ou casquinha, é um excelente alimento, fonte de proteínas, minerais e vitaminas. Associado com arroz de preferência parboilizado será um excelente alimento para o dia a dia.

A hora da compra do feijão é sempre um dilema em qual variedade escolher. Preparar aquele prato especial requer atenção na hora da compra, lá na gôndola do supermercado ou na banca da feira. A dona de casa geralmente prefere comprar um feijão mais macio, isto não quer dizer que seja novo ou velho, apenas que tem um percentual de água maior no grão.

De acordo com o classificador da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Campos Novos, Ezequiel Pelentir, a compra do feijão merece atenção. “Se comprarmos um feijão seco com 15% de umidade, que parece um feijão duro e alguns consumidores confundem com feijão velho, ele se conserva melhor que um feijão com 18% ou mais de umidade. Umidade alta tem menor tempo de conservação, quanto maior o percentual de umidade, mais água ele terá, e o consumidor pagará água a preço de feijão. Alerto que este produto com umidade maior tem a probabilidade de se deteriorar mais facilmente pela ação de microorganismos associados a água e temperatura elevada, podendo deixar o produto mofado e até com a presença de micotoxinas, que são prejudiciais à saúde”, destaca Ezequiel.

A classificação do feijão é baseada na Instrução Normativa nº 12/2008, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Com a IN, a padronização na hora da classificação melhorou a apresentação do produto e a identificação de defeitos internos no grão, que não são vistos externamente, mas quando abre-se os grãos na classificação, o classificador irá observar os defeitos. Os grãos de feijão podem ser enquadrados nos Tipos 1, 2 ou 3, sendo o 1 o melhor na escala de qualidade ou índices de defeitos.  Nos Grupos I – Feijão Comum (feijão carioca, preto, branco, vermelho) e no Grupo II – Feijão Caupi ( Fradinho) conforme as cores ou características externas do grão estabelecidas na IN. A fiscalização desta classificação fará com que aquilo que esteja escrito no rótulo seja realmente o produto adquirido.

A Cidasc atua na classificação vegetal em Santa Catarina há mais de 40 anos, contribuindo com o aprimoramento dos padrões, classificando o produto e esclarecendo dúvidas quanto aos padrões aos interessados no beneficiamento dos produtos vegetais e para os consumidores. As ações da Companhia  visam a melhoria da qualidade vegetal e a competitividade dos produtos catarinenses. 

Pelentir destaca que a classificação de feijão é obrigatória e deverá seguir os padrões oficiais quando é destinada diretamente à alimentação humana; na compra e vendas do poder público (com atenção especial das compras para merenda escolar); e na importação para preservar a economia nacional da importação de produtos que não atendam o padrão nacional.

“O consumidor precisa estar atento na hora de comprar feijão. Para estar apto ao consumo, o consumidor deverá observar se o produto foi classificado, se não tem umidade nos grãos, se não estão mofados, se não há  presença de insetos vivos  na embalagem ou muitos grãos carunchados. O armazenamento em  casa é outro ponto importante, sempre procurar armazenar em locais secos, frescos e de preferência na geladeira”, ressalta Ezequiel Pelentir.

Fonte: Divisão de Classificação Vegetal

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