Foto: Simone Aleixo

Conforme ação prevista no plano de contingência para Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, as equipes da Cidasc estão, entre os meses de outubro e novembro, realizando inquéritos epidemiológicos em populações domésticas de subsistência que vivem em um raio de 10 km de sítios de aves migratórias. O intuito dessa atividade é detectar precocemente a entrada do vírus da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle e evitar que esses vírus cheguem ao plantel avícola e à população. 

A atividade nos sítios de aves migratórias é realizada por profissionais e técnicos de fiscalização da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, que realizam inspeção clínica dos animais e colheita de amostras biológicas (sangue, suabe de traquéia e cloaca), que serão encaminhadas para o laboratório oficial do Mapa.

Santa Catarina possui dois sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Mapa,  localizados na Foz do Rio Araranguá (município de Araranguá) e na Foz do Rio Tijucas (município de Tijucas). Estes locais caracterizam-se pela alta concentração de aves em migração, que transitam por vários países e, assim, aumentam os riscos de introdução desses vírus por meio do contato com as aves residentes.

Foto: Simone Aleixo

A exposição direta a aves silvestres infectadas é o principal fator de transmissão da IA. Estas aves atuam como hospedeiros naturais e reservatórios dos vírus da IA desempenhando um papel importante na evolução, manutenção e disseminação do agente. Essas aves normalmente apresentam infecção sem adoecer, o que lhes permite transportar o vírus a longas distâncias ao longo das rotas de migração. As principais espécies silvestres envolvidas parecem ser aves aquáticas, gaivotas e aves costeiras (Fonte: Mapa).

Sobre as Doenças

A Influenza Aviária e a Doença de Newcastle são doenças de notificação obrigatória que podem acometer aves em geral, causadas por vírus e com sintomatologia clínica muito semelhante.

Durante o trabalho de fiscalização e vigilância, os produtores são orientados sobre os principais sinais clínicos que estas doenças provocam nas aves, incluindo alta mortalidade, dificuldade respiratória, crista e barbela inchadas e roxas, corrimento no nariz e olhos, diarreia, torcicolo, depressão, falta de apetite, queda na produção de ovos e/ou diminuição do consumo de água e ração. Portanto, ao identificar sinais da doença, o produtor deve notificar à Unidade Veterinária Local – UVL da Cidasc.

De acordo com a coordenação de sanidade avícola (Cesav/Cidasc), o trabalho executado permite comprovar a ausência de circulação dos vírus da Influenza Aviária e Doença de Newcastle.“A prevenção ou detecção precoce, permite uma rápida tomada de ações com o objetivo de evitar a disseminação destas doenças para outras aves e propriedades, evitando, inclusive, a contaminação de humanos”, destaca os coordenadores.

Atualmente, o plantel industrial avícola brasileiro é considerado livre de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, no entanto, já foram notificados à OIE casos de Influenza Aviária nas Américas em outros anos, situação que reforça a necessidade de ações que visam o monitoramento constante dos plantéis avícolas, tanto comerciais quanto de subsistência, além do incremento de ações de biosseguridade nas criações.

Arte: Klaus Korting

Fonte: Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal

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