Foto: Angela Cristina Pretto

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do Departamento Regional de Concórdia entregou, na última sexta-feira (04), o certificado de “Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose” ao produtor Dair Baretta e Genessi Baretta, localizada no município de Jaborá, Meio Oeste catarinense. O documento, emitido pelo Departamento de Defesa Sanitária Animal da Cidasc, comprova que o leite e produtos derivados obtido nesta propriedade, provém de animais sadios.

Os exames para a certificação foram realizados pelo médico veterinário habilitado Ildemar Brayer Pereira com supervisão da médica veterinária Angela Cristina Pretto da Cidasc.

Durante a solenidade de entrega realizada na propriedade, Genessi Baretta ressaltou a importância dessa conquista. “Lá se vão 30 anos desde que começamos a construção da família e ganhamos as vacas. Foi assim que tudo começou. Para mim a obtenção do certificado é uma realização, um sonho de uma vida inteira trabalhando para chegar nesse momento. Ficamos muito felizes e realizados”, enfatizou a produtora.

Certificação

O saneamento dos estabelecimentos que aderem à Certificação de Propriedade Livre é feito mediante testes custeados pelos produtores e realizados em todos os animais da propriedade. Os testes são realizados por médico veterinário habilitado com 6 meses de  intervalo, e sem animais reagentes positivos. Terminado o período de testes a propriedade recebe o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, sendo condicionada a manutenção do status ao cumprimento de todas as regras e normas sanitárias estabelecidas. Caso haja pretensão de ingresso de animais na propriedade são exigidos dois testes negativos, exceto se o gado for procedente de outra propriedade livre. A renovação do certificado é anual e os exames devem ser realizados antes de vencer a certificação.

De acordo com a médica veterinária Angela Cristina Pretto, a propriedade da família Baretta é a terceira propriedade a obter esta qualificação no município de Jaborá. “Estamos trabalhando com educação sanitária para que mais produtores se interessem em certificar suas propriedades. A certificação é um recurso com o qual os produtores podem agregar valor ao plantel e aos seus produtos e, reduzir os prejuízos com as perdas que ocorrem devido às doenças no rebanho. Temos certeza que com a certificação, toda a cadeia produtiva é beneficiada, pois, os consumidores, por sua vez, terão a garantia de um produto de melhor qualidade e sanidade”.

“A erradicação da brucelose e tuberculose pode ser mais um diferencial competitivo do agronegócio catarinense. Santa Catarina vem fazendo o seu dever de casa na erradicação das doenças”, complementa Angela.

De acordo com a informação repassada pela coordenação do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PEEBT), todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a presença das zoonoses no rebanho catarinense. O rebanho catarinense pode ser vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado de Santa Catarina, atualizado em julho de 2017, pela Portaria SAR n°19/2017.

Já o uso da vacinação em massa, com a B19, é recomendado apenas para estados que possuem altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina para evitar custos desnecessários aos produtores e interferência nos testes de diagnóstico.

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